INTEGRANTES:
Anderson Neves Schulz
Gisele F. Martins
Stephany de O. Conceição
Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico.
O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH), ou como é conhecido, acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH), é aquele que ocorre quando um vaso, artéria ou veia, rompe dentro do cérebro, causando extravasamento de sangue e inchaço naquela região onde houve o sangramento. Sendo assi, ele é caracterizado pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Os tipos mais comuns são:
Hematoma intracebral, onde o sangramento ocorre dentro do tecido cerebral, levando a condições de maior pressão dentro do cérebro e edema ou inchaço das estruturas locais.
Hemorragia subaracnoidea, mais comumente relacionada ao vazamento de sangue intracerebral devido ao rompimento de um aneurisma intracraniano.
A diferença entre o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico é:
AVC Isquêmico: ocorre devido a falta de sangue no cérebro e AVC hemorrágico ocorre devido ao extravasamento de sangue no cérebro.
Suas principais causas são a pressão alta descontrolada, devido a um pico elevado de pressão alta, ou o que ocorre em pacientes que tenham hipertensão arterial por vários anos e não se tratam corretamente, outras causas incluem aneurisma, ocorre porque o aneurisma cerebral rompeu, extravasando sangue dentro do cérebro, aterosclerose, distúrbios na coagulação sanguínea ou de uma doença chamada angiopatia amiloide. Nestas doenças, as paredes das artérias cerebrais ficam mais frágeis e se rompem, causando o sangramento.
Os principais fatores de risco do AVC hemorrágico são a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, síndrome da apneia do sono, uso de drogas como cocaína ou metanfetaminas e colesterol alto. Os homens têm mais risco de ter AVC hemorrágico que as mulheres, principalmente se tiverem casos de AVC na família, a idade pode ser considerada um fator de risco também, maiores de 55 anos tem mais chances de ter um AVC.
O AVCH é uma das maiores emergências médicas em neurologia e neurocirurgia. O seu reconhecimento e tratamento imediatos são importantíssimos para deixar a pessoa que sofreu o AVCH com menores sequelas. Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhores serão as chances de desenvolver sequelas futuras.
SINTOMAS
Não existe AVCH que começa com sintomas lentamente aparecendo em horas ou dias, ou semanas, os sinais e sintomas são sempre súbitos, e é muito frequente haver dor de cabeça intensa, ou mal súbito, com convulsões ou até mesmo desmaio e coma. Os sintomas mais frequentes são: dor de cabeça muito forte, principalmente quando provocados por rompimento de um aneurisma, essas costumam ser muito fortes, podendo causar mal-estar, desmaio ou coma seguido da dor; paralisia e fraqueza de um lado do corpo, geralmente em maior ou menor grau o braço, perna, ou o lado todo do rosto e corpo. A pessoa percebe a fraqueza, moleza nos membros afetados, com ou sem alteração da sensibilidade junto da fraqueza; perda da sensibilidade ou do campo visual de um ou ambos os olhos; tontura; dificuldade para falar ou para compreender palavras simples e até mesmo a perda da consciência ou crises convulsivas; dormência do rosto, mãos e pernas; dificuldade súbita de andar; perda de equilíbrio ou perda de coordenação e desvio da boca para um lado do rosto, conhecido como boca torta.
Caso o indivíduo apresente estes sintomas é aconselhado chamar uma ambulância ou levá-lo para o hospital para o diagnóstico e início do tratamento, para diminuir o risco de lesões no cérebro do indivíduo.
DIAGNÓSTICO
As pessoas que tiveram AVC devem ser inicialmente atendidas em uma emergência hospitalar, pois lá poderão ter acesso a avaliação médica de urgência e realizar o principal exame de imagem feito em um caso de AVC, a tomografia do crânio.
Na emergência, além do exame clínico na pessoa vítima de AVC, o médico deverá excluir outras causas de déficits neurológicos súbitos (como, por exemplo, hipoglicemia, enxaqueca ou epilepsia).
Para que o medico exclua as outras causas em pacientes com sintomas de AVC, o diagnóstico é feito por meio da realização de exames de neuroimagem, como tomografia de crânio, o principal exame a ser realizado nas primeiras horas, este é o único exame que pode diferenciar se o AVC é hemorrágico ou Isquêmico; ressonância magnética, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde ocorreu o AVC; angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço, que verifica a se os vasos estão livres ou se apresentam alguma obstrução ao longo do seu trajeto do coração ao cérebro, podendo ser realizados angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo), a arteriografia cerebral digital; ultrassonografia das carótidas, que avalia se há alguma obstrução ou placa aterosclerótica nas artérias que passam no pescoço e levam sangue ao cérebro.
Além dos exames de neuroimagem, o diagnóstico pode ser com exames físicos, exames de sangue, eco cardiograma e o holter de 24 horas mais comum em casos de idosos para que não ocorra a fibrilação artrial.
Logo diante da suspeita clínica, estes exames demonstram a localização e o tamanho da hemorragia caso haja.
TRATAMENTO
A primeira coisa que se deve fazer ao sentir os sintomas de um AVC é se dirigir a um hospital que possua equipamentos de tomografia para que se constate o AVC e se inicie o tratamento para maior eficácia.
Constatando-se ser um AVCH, a maioria dos pacientes nesta fase está com a pressão arterial muito alta, em níveis de 180 ou até acima de 200mmHg de pressão sistólica (o valor mais alto de uma pressão).
As diretrizes mais novas recomendam que esta pressão elevada do AVCH seja pronta e urgentemente tratada, abaixada para níveis abaixo de 140-90 mmHg. Portanto, a terapia correta nas primeiras horas e dias do AVCH é dar remédios na veia para baixar a pressão arterial, se a pressão estiver acima de 140/90mmHg. Além disso, o paciente deve ser internado em UTI ou NeuroUTI, para melhor monitoramento, pois estes pacientes podem apresentar complicações e piorar.
Sempre se deve tentar definir o motivo do sangramento, se foi pela pressão alta, ou se foi de um aneurisma. Isso pode mudar o tipo de tratamento.
Quando no AVCH, o sangramento é muito grande, e o paciente está entrando ou já está em coma, ou tem alto risco para isso, às vezes é indicada cirurgia para retirada, o esvaziamento do hematoma.
Ou seja, o tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem todo o suporte clínico e de reabilitação.
A cirurgia tem como objetivo retirar o sangue derramado de dentro do cérebro, remover o coágulo de sangue que possa ter causado a ruptura, fechar o aneurisma e aliviar o excesso de pressão dentro do cérebro causado pelo sangramento, para verificar a pressão intra-craniana coloca-se um cateter. A pressão intra-craniana aumente por conta do inchaço do cérebro após o sangramento.
Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e não realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro.
O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão arterial, complicações como crises convulsivas e infecções.
A reabilitação deve ser iniciada assim que a condição do paciente permita e é uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente.
SEQUELAS DO AVC HEMORRÁGICO
De modo geral as sequelas do AVC vão depender do local onde ele ocorreu no cérebro e da sua gravidade, podendo provocar lesões físicas, psicológicas ou mesmo emocionais.
No entanto, em alguns pacientes a irrigação sanguínea cerebral é retomada tão rapidamente que não deixa sequelas, mas na maioria dos casos, há uma grande perda de neurônios cerebrais deixando sequelas que podem ser bastante significativas e que tornam o paciente muitas vezes incapaz de andar, comer sozinho ou vestir-se, por exemplo.
As sequelas do AVC podem ser classificadas em:
Sequelas motoras, onde quem sofreu o episódio de AVC apresenta dificuldades em se movimentar e falar. Em casos mais sérios podem ocorrer deformidades musculares que levam à perda do movimento de um lado do corpo, conhecido como hemiplegia.
Sequelas neurológicas, onde quem sofreu o episódio de AVC apresenta incontinência urinária ou fecal, sensação de queimação no lado da hemiplegia, boca torta, dificuldade em falar, comer e de engolir a saliva, perda da memória, dificuldade em se expressar, estrabismo, paralisia facial, desequilíbrio e dificuldade na localização espacial, em si ou no outro (direita/esquerda, mapas).
E sequelas emocionais, onde quem sofreu o episódio de AVC pode apresentar depressão, revolta, isolamento, impaciência, dificuldade de se relacionar e negligência no lado do corpo que está paralisado.
Após um AVC o paciente é examinado pelo médico e pelo fisioterapeuta e o tratamento do AVC deve ser realizado o mais rápido possível, pois, embora as células cerebrais mortas não possam ser recuperadas, as localizadas próximas à área afetada podem, e as sequelas podem ser menores. Um medicamento utilizado para tratar sequelas cerebrais, por exemplo, é o Piracetam.
Embora muitas sequelas do AVC sejam permanentes, existem algumas que podem ser recuperadas através de acompanhamento regular de fisioterapia, terapia ocupacional, neuro funcional e hidroterapia.
O AVC hemorrágico não é tão comum como o AVC isquêmico, porém causa mais frequentemente a morte do indivíduo.
Nem sempre as sequelas de AVC têm cura, mas com o devido tratamento pode-se alcançar bons resultados. Os pacientes que sofreram um AVC podem beneficiar-se das sessões de fisioterapia e terapia ocupacional, que vão ajudar a reabilitar e recuperar movimentos que facilitem a vida diária, trazendo independência e melhorando assim a sua qualidade de vida.
A prevenção do AVC hemorrágico pode ser feito com a alteração de alguns hábitos de vida, como a prática de exercício físico regular, dieta pobre em gorduras e sal, e acompanhamento médico adequado para o controle rigoroso da pressão arterial, que deve ser mantida a níveis inferiores a 12 X 8 cmHg, e evitando o consumo abusivo do álcool, que também é um importante fator de risco para esta doença.
IMAGENS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO
FISIOTERAPIA PARA AVC
A fisioterapia pós-AVC consegue melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudar na recuperação de parte dos movimentos perdidos.
O trabalho da fisioterapia é devolver a capacidade motora e fazer com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho, sem necessitar de um acompanhante.
Para isso, é necessário tempo e paciência. As sessões de fisioterapia devem começar imediatamente após a alta hospitalar e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, pois quanto mais rápido o paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação.
A fisioterapia pode ser feita em casa, na clínica ou no hospital, mas não deve ser o único momento em que o paciente se exercita. Uma boa dica é colocar o paciente para jogar videogames que exercitam todo o corpo como o Wii e a X-box, por exemplo.
Os principais exercícios de fisioterapia para AVC são aqueles que estimulam o movimento de punhos e antebraço, articulação dos joelhos e sola dos pés. Estes exercícios podem ser feitos de forma contínua por mais de 1 minuto cada um.
Além desses exercícios, é importante realizar alongamento, para melhorar a amplitude dos movimentos, e realizar exercícios respiratórios, para evitar o acúmulo de secreções que podem levar à pneumonia, por exemplo. Quando o paciente conseguir ficar de pé, deve-se ajudar o seu aprendizado motor e treinar o equilíbrio para que ele consiga andar sozinho.
Outros exemplos de exercícios de fisioterapia para AVC são as movimentações da escápula e também a inserção gradual de halteres.
O tratamento fisioterapêutico deve ser individualizado, respondendo às necessidades do paciente, que podem mudar de um dia para o outro. Alguns equipamentos que podem ser usados são pesos, caneleira, bola, rampa e theraband.
Apesar do trabalho intenso da fisioterapia, alguns pacientes podem não apresentar grandes melhoras, pois os exercícios devem ser bem feitos e isso depende também da sua vontade.
Como uma das sequelas do AVC é a depressão, estes pacientes podem ter uma maior dificuldade em ir às sessões e sentirem-se desanimados, não realizando os exercícios corretamente, o que dificulta a sua recuperação.
Levando tal ponto em conta, é possível reafirmar a necessidade de que um paciente que tenha sofrido um AVC seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo. Tal acompanhamento irá garantir maior qualidade de vida.
IMAGENS DE TRATAMENTOS FISIOTERAPEUTICOS.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO E ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO.
O AVC isquêmico é a falta de sangue em uma região do cérebro, devido a uma obstrução num vaso sanguíneo cerebral, que pode causar sequelas graves ou até mesmo a morte do indivíduo, se ele não for socorrido à tempo.
Ele pode vir também como AVC isquêmico transitório ou ataque isquêmico transitório (AIT). É um tipo de AVC isquêmico menos grave e que ocorre quando o fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido por um curto período de tempo.
No AIT, o que ocorre é uma obstrução ou entupimento momentâneo, transitório, de algum vaso que irriga o cérebro. O vaso (artéria) leva o sangue, oxigênio e glicose para sua correspondente região cerebral.
Os sintomas do AVC isquêmico transitório são sentidos subitamente e provoca sintomas em quem o está tendo por pouco tempo, entre 1 a 2 horas, desaparecendo dentro de 24 horas, havendo sempre a recuperação total da pessoa acometida.
As principais causas de um AVCI ou AIT estão relacionadas com alterações no fluxo sanguíneo e podem ser aterosclerose, arritmia cardíaca, doenças das válvulas cardíacas, endocardite, distúrbios na coagulação do sangue, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio. A pressão baixa também pode acarretar um episódio do mesmo, pois reduz o fluxo sanguíneo para o cérebro e causa estreitamento das artérias cerebrais.
Sendo assim, podemos considerar como fatores de risco mais conhecidos a idade (geralmente em pessoas acima dos 55 anos), genética (histórico familiar de AVC ou doença cardíaca), tabagismo, sedentarismo, diabetes, aumento de colesterol ou triglicérides, doenças cardíacas, arritmia cardíaca ou infarto prévio.
Vale ressaltar que a idade não é regra, jovens e menores de 55 anos também podem ter um ATI ou AVC. Em casos como esses, onde o episódio ocorre com menores de 55 anos, a pesquisa do que deu origem ao AVC ou AIT deve ser mais detalhada.
Geralmente as causas mais comuns em jovens são as dissecções arteriais, o forame oval patente, o uso de medicações tóxicas ou drogas ilícitas e ainda há casos relacionados a crises de enxaqueca.
SINTOMAS DO AVC ISQUÊMICO
Devido o sangue não chegar naquele local irrigado pelo vaso entupido no caso de AVCI ou AIT, aquela região deixa de fazer a sua função, e o paciente sente os sintomas de acordo com a região e vaso (artéria) afetados.
Os sintomas mais comuns de se apresentar são muito parecidos ao do AVCH. O que diferencia eles é que no AVCH os sintomas aparecem subitamente de uma hora para outra, já no AVCI ou AIT os parentes ou familiares sabem descrever com exatidão como começou o episódio e a quanto tempo o mesmo se iniciou.
Os sintomas do AVC isquêmico desenrolam-se em poucos minutos e podem ser: fortes dores de cabeça, alteração súbita da fala, com dificuldade para completar as palavras ou frases, ou começar a ter a fala enrolada, alteração súbita da força num membro (braço ou perna) ou em um lado do corpo (braço e perna do mesmo lado), ou nas pernas, com fraqueza e diferença de força em relação ao lado normal, alteração súbita da sensibilidade em um lado do corpo, desvio da boca para um dos lados (a boca começa a “entortar”), de início súbito, alteração súbita e intensa do equilíbrio, com dificuldade de andar, náuseas e vômitos junto ao sintoma do andar, alteração visual de início súbito – pode ser uma visão embaçada, tremida, visão dupla, visão ardendo de repente, perda ou embaçamento de um dos lados da visão, alteração súbita da audição, junto com náuseas, perda do equilíbrio e dificuldade de andar, sonolência de início súbito, com parada da fala, convulsões e sonolência excessiva vinda juntas e de forma súbita.
Ou seja, são os mesmos sintomas de um AVCH comum, se diferenciando por aparecer de 1 a 2 horas e desaparecer em torno de 24 horas.
Somente após o diagnóstico pode-se afirmar que se trata de um AVCI ou AIT, por isso, é importante que se dirija à uma unidade hospitalar o mais rápido possível após o inicio dos sintomas, não é recomendado que se espere os sintomas passarem, pois pode agravar o quadro clínico do paciente.
DIAGNÓSTICO
O paciente com suspeita de AVCI ou AIT deve ser levado imediatamente para um hospital, de preferência que tenha um setor de emergência com médico e tomografia disponível 24 horas por dia. Isso faz toda a diferença, pois caso seja indicada a trombólise (tipo de tratamento para dissolver o coágulo em AVC isquêmico), é importante ter pelo menos a tomografia realizada de 3 a 5 horas do início dos sintomas.
Caso opte pelo SAMU, deve-se verificar qual é o prazo para chegada da ambulância no local, evitando assim que se ultrapasse esse tempo limite da realização do exame de tomografia. Portanto, caso você chame o SAMU e esteja demorando, o mais indicado é buscar outro meio de locomoção que ajude no transporte do paciente.
Sempre na suspeita de um AVCI/AIT ou AVCH, na emergência, pede-se uma tomografia de crânio, para excluir se houve ou não hemorragia. Depois, dependendo do caso, o paciente pode ser internado para observação nos primeiros dias, e termina de fazer outros exames no hospital e depois em laboratórios. Além da avaliação pelo médico neurologista, para avaliar se há alguma alteração neurológica.
O diagnóstico do AVC isquêmico pode ser feito pela análise dos sintomas do paciente ou recorrendo a exames como, tomografia do crânio sendo o principal exame, assim como no AVCH, ressonância magnética do crânio, angiorressonância do crânio e artérias cervicais, eco cardiograma e eletrocardiograma, exames de sangue, holter de 24 horas, Doppler transcraniano e ultrassonografia das carótidas e vertebrais.
Dependendo da idade, dos fatores de risco de cada paciente, de como foram os sintomas de cada caso, o neurologista pede uma bateria ou outra de exames para investigar.
TRATAMENTO
O tratamento inicial para AVCI, nas primeiras 4 horas do início dos sintomas é administrar o medicamento alteplase, um tipo de trombolítico que dissolve o coágulo e restabelece o fluxo de sangue no cérebro. Caso haja uma obstrução de uma grande artéria anterior, como a cerebral média ou carótida interna, além do alteplase, pode ser necessário fazer um cateterismo para desobstrução local do vaso, esse procedimento é realizado pela equipe da hemodinâmica.
A cirurgia pode ser indicada como tratamento do AVCI ou AIT em casos graves e tem como objetivo retirar os trombos das artérias, aliviar a pressão arterial ou revascularizar as artérias.
Quando já se investigou e descobriu a causa do AVCI, o medicamento em longo prazo dependerá principalmente da causa do AIT ou AVCI ocorrido. Por isso é importante que se realize todos os exames solicitados pelos médicos mesmo após o desaparecimento dos sintomas.
A fisioterapia pode ser recomendada aos doentes com AVCI para ajudar a tratar as sequelas do AVC e o controle dos fatores de risco é essencial para o tratamento e prevenção de um novo AVCI.
O pilar principal de tratamento da maioria dos casos de AIT ou AVCI é controlar bem os fatores de risco, baixar o nível de colesterol, diabetes, caso fume, retirar o cigarro, caso beba, evitar o excesso de álcool, praticar atividade física, evitar a obesidade, controlar a pressão arterial para quem tem pressão alta, usar medicamentos que afinam o sangue com a intenção de fazer o sangue circular melhor nas artérias e veias, evitando assim a formação de trombos ou coágulos, e consequentemente outro episódeo de AIT ou AVC.
Os medicamentos mais usados na prevenção dos AITs e AVCIs são a aspirina ou AAS (doses baixas, de 80 a 325mg ao dia), clopidogrel, warfarina, rivaroxaban, apixaban e dabigatran. O que definirá qual dos medicamentos usar, é a causa do problema, e a indicação de maior ou menor proteção em relação à formação de trombos e coágulos.
Imagens de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico.
IMAGENS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
ISQUÊMICO
CONCLUSÃO
A partir desse trabalho, podemos concluir que o AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico), pode ser mais incomum, porém, com uma taxa de mortalidade maior. Seu sintoma sempre vem repentinamente, e seu tratamento deve começar de imediato, para que não se tenha muitas sequelas.
Esse tipo de AVC sempre deixará alguma sequela, que pode ser reduzida ou ate mesmo revertida com auxilio de fisioterapia, e em alguns casos, medicamentos.
O ACVI é mais comum e tem seu tratamento mais simples. Sua taxa de mortalidade é baixa, e sua principal característica é vir com sintomas idênticos aos do AVCH, porém, costumam levar de 1 a 2 horas para se completar e dentro de 24 horas desaparecem.
No entanto, por se tratar de coágulos nos vasos, é um tipo que requer um pouco mais de atenção.
Nos dois casos, é importante que se faça uma anamnese com quem apresenta qualquer um dos sintomas que estejam relacionados ao AVC. O socorro deve ser imediato, devendo quem estiver com o paciente, leva-lo a um hospital com aparelhos de tomografia e médicos plantonistas, ou seja, 24 horas.
Caso quem está junto não possua um meio de locomoção, pode-se acionar o SAMU, caso o mesmo demore, precisa buscar um outro meio que o faça chegar ao socorro rapidamente.
Para a fisioterapia ter eficácia, é necessário que o paciente que sofreu o AVC possua força de vontade, e não desista dos exercícios, o que geralmente se torna difícil devido á depressão que o mesmo pode desenvolver como uma das sequelas. Por isso, é importante o apoio para essas pessoas que sofreram o AVC.
BIBLIOGRAFIA
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http://www.fleury.com.br
http://www.ineuro.com.br
www.minhavida.com.br
http://www.einstein.br