quarta-feira, 9 de setembro de 2015

DOENÇAS DEGENERATIVAS ENCEFÁLICAS: ALZHEIMER

Curso de Radiologia do centro 
Univ. de Santo André Anhanguera 5º semestre 
Professa: Nathalia Roncada 
Santo André 
09/2015
INTEGRANTES:
Danilo de Lima Lourenço
                                                          Maxwel Barbosa Ferreira
William Feitoza Mantoani
                                                            Emerson de  G. dos Santos


1. Introdução
Neste trabalho conheceremos sobre uma doença que ataca diretamente as funções cognitivas, ou funções superiores do nosso sistema nervoso, ocasionando a perda intelectual e as síndromes demenciais, o Alzheimer. Uma doença incurável e progressiva que é caracterizada por muitos sintomas comuns a vários pacientes. Veremos também os tipos dessa doença, os sintomas causado, a evolução progressiva e os meios de tratamento. 

2. O que é a Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, etc.). Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária. O nome desta doença deve-se a Alois Alzheimer, médico alemão que em 1907, descreveu pela primeira vez a doença.
À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilhares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação. Deste modo, conforme a doença vai afetando as várias áreas cerebrais vão-se perdendo certas funções ou capacidades. Quando a pessoa perde uma capacidade, raramente consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la.
Em termos neuropatológicos, a doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar. Por esse motivo ela se torna uma doença neurodegenerativa.


3. Tipos de Doença de Alzheimer
Existem dois tipos diferentes de Doença de Alzheimer:
A Doença de Alzheimer esporádica pode afetar adultos de qualquer idade, mas ocorre habitualmente após os 65 anos. Esta é a forma mais comum da doença e afeta pessoas que podem ter ou não, antecedentes familiares da doença. Parece não existir hereditariedade da doença esporádica, de início tardio. Contudo, é possível que algumas pessoas possam herdar uma maior ou menor probabilidade para desenvolverem a doença numa idade avançada. O ApoE14 é o único gene associado a um ligeiro aumento do risco de desenvolver a doença, de início tardio. Mesmo assim, metade das pessoas portadoras deste gene, e que vivem até aos 85 anos, não desenvolve demência nesta idade. Os investigadores estão a tentar encontrar outros 
fatores de risco, genéticos e ambientais que possam tornar o desenvolvimento da doença mais ou menos provável. No entanto até a presente data o único fator de risco 
evidente para o desenvolvimento desta doença parece ser a existência prévia de um traumatismo craniano severo.

A Doença de Alzheimer Familiar é uma forma menos comum, na qual a doença é transmitida de uma geração para outra. Se um dos progenitores tem um gene mutado, cada filho terá 50% de probabilidade de herdá-lo. A presença do gene significa a possibilidade da pessoa desenvolver a doença, normalmente entre os 40 e 60 anos. Este tipo de doença afeta um número muito reduzido de pessoas.


4. Sintomas Apresentados
Nas fases iniciais, os sintomas da doença podem ser muito subtis. Todavia, começam frequentemente por lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano. Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada. Outros sintomas característicos:
•  Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;
•  Apresentar um discurso vago durante as conversações;
•  Perder entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
•  Demorar mais tempo na realização de atividades de rotina;
•  Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;
•  Incapacidade para compreender questões e instruções;
•  Deterioração de competências sociais;
•  Imprevisibilidade emocional.
Conforme as pessoas e as áreas cerebrais afetadas, os sintomas variam e a doença progride a um ritmo diferente. As capacidades da pessoa podem variar de dia para dia ou mesmo dentro do próprio dia, podendo piorar em períodos de stress, fadiga e problemas de saúde. No entanto, o certo é que vai existir uma deterioração ao longo do tempo se tornando atualmente uma doença irreversível. 



5. Qual a causa, quem desenvolve e como essa doença é diagnosticada?

Suas causas são devido as alterações químicas que provocam danos às células cerebrais. Mas para além das pessoas que desenvolvem a Doença de Alzheimer Familiar, não se conhece o motivo pelo qual uma pessoa desenvolve a doença e outra não. Esta sendo investigado várias causas suspeitas da doença, incluindo fatores ambientais, perturbações bioquímicas e processos imunitários. A causa pode variar de pessoa para pessoa e pode ser devida a um ou a vários fatores.
Qualquer pessoa pode desenvolver a doença. No entanto, é mais comum acontecer após os 65 anos. A taxa de prevalência da demência aumenta com a idade. A nível mundial, a demência afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, sendo que no caso dos homens a proporção é de 1 em cada 60. Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a demência afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas.
O diagnóstico é realizado após uma observação clínica cuidadosa. O diagnóstico clínico pode incluir a realização de: história médica detalhada, exame físico e neurológico aprofundado; exame do funcionamento intelectual; avaliação psiquiátrica; avaliação neuropsicológica; e análises laboratoriais ao sangue e urina. Também pode ser diagnosticado por exames radiológicos como a Ressonância Magnética e a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET - Positrom Emission Tomography). Estes exames irão ajudar a excluir a existência de outras doenças, que têm sintomas similares, tais como carências nutricionais e depressão. Após a eliminação de outras causas, o diagnóstico clínico da doença pode ser realizado com uma precisão de 80% a 90%. O diagnóstico só pode ser confirmado após o falecimento da pessoa, através da observação do tecido cerebral. É importante ter um diagnóstico preciso o mais cedo possível, para determinar se a situação clínica da pessoa é devida à esta doença ou se os sintomas estão a ser causados por outra doença, diferente ou rara, que requeira um tratamento específico.

 
Comparação do cérebro saudável com o cérebro com o Alzheimer.



6. Diagnóstico da Doença de Alzheimer na Radiologia

Existem dois tipos de diagnóstico para a doença através da radiologia:
Ressonância Magnética - As imagens em ressonância magnética têm maior capacidade de demonstrar diferentes estruturas do cérebro, por possuir melhor definição de contraste para tecidos moles, e têm facilidade de demonstrar mínimas alterações, possibilitando uma imagem detalhada do cérebro. De acordo com Haaga ET al (2010,p. 340), as mudanças do lobo temporal são marcadores estruturais altamente sensíveis da doença. Quase todos os pacientes com Alzheimer mostram ao menos um grau moderado de atrofia do hipocampo, além de atrofia do giro para-hipocampal, do giro denteado e do subículo. Essas mudanças atróficas causam o aumento da fissura transversa de Bichat e das extensões hipocampal e coroidal, além de dilatação do corno temporal. As imagens coronais de ressonância magnética de alta resolução perpendicular ao eixo do lobo temporal mostram essa anatomia de maneira ideal, mas mesmo uma leve atrofia hipocampal e a resultante dilatação das fissuras Peri-hipocampais podem ser vistas. Descobrimos que 90% dos pacientes com Alzheimer  mostraram uma progressiva atrofia dos lobos temporais quando submetidos ao estudo longitudinal durante um período de três anos. O mais importante é que a presença de atrofia do lobo temporal medial em indivíduos cognitivamente normais está co-relacionada ao desempenho da memória e ao declínio progressivo de memória. 
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Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET - Positrom Emission Tomography) - A imagem funcional com estudo do metabolismo de glicose com Tomografia por Emissão de Pósitrons, do inglês, PET (Positrom Emission Tomography) pode mostrar áreas de alteração do metabolismo cortical nos lobos temporais. A avaliação neuropsicológica é capaz de mapear, todos os campos cognitivos relevantes mostrando as áreas de comprometimento significativo, por exemplo, memória, linguagem e atenção. Cabe ressaltar que com o PET  tendo o estudo do metabolismo de glicose e a própria avaliação neuropsicológica podem revelar anormalidades sugestivas de Alzheimer antes mesmo da ressonância magnética de crânio.

 
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Esses exames auxiliam no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas porém esses exames atualmente se mantém limitado a uma minoria de pessoas. Por isso aguardamos a universalização deste acesso a todos.


7. Progressão da doença
A progressão da doença varia de pessoa para pessoa. Mas a doença acaba por levar a uma situação de dependência completa e, finalmente, à morte. Uma pessoa com Doença de Alzheimer pode viver entre três a vinte anos, sendo que a média estabelecida é de sete a dez anos.


8. Tratamento
Até a presente data não existe cura para a doença. No entanto, existem algumas medicações que parecem permitir alguma estabilização do funcionamento cognitivo nas pessoas com esta doença, nas fases avançada e moderada. Os medicamentos também podem ser prescritos para sintomas secundários, como inquietude e depressão, ou para ajudar a pessoa com Alzheimer a dormir melhor.

9. Conclusão

Neste trabalho concluímos que embora cada paciente apresente uma evolução única, é muito importante que o paciente seja estudado pelo médico logo nas primeiras suspeitas. É de extrema necessidade que uma pessoa que seja próximo ao paciente que o acompanhe logo no estágio inicial da doença, pois os sintomas apresentados inicialmente podem caracterizar, para alguns médicos, como alterações normais do envelhecimento e perde a chance de um início precoce do tratamento.

10. Referências Bibliográficas
Disponível em: <http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-30-14-a-doenca-de-alzheimer>. Acesso em: 03 de setembro de 2015, 00:43:06
Disponível em: < http://www.radiologiaanchieta.com.br/index.php/alzheimer-e-parkinson-exames-garantem-diagnostico-precoce>. Acesso em: 10 de setembro de 2015, 08:44:52













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