quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Osteíte podal em equinos

Curso de Radiologia do centro 
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre 

Professa: Nathalia Roncada 

Santo André 
10/2015

INTEGRANTES: 

Alexandra Aparecida 
Bianca Santos Vigo 
Denilson Torres 
Erika Hilario 
Jhenifer Alves

Jenifer Juliana



Introdução


 A perda de performance é um grave problema em cavalos de competição, que afeta todas as raças. A intolerância ao exercício manifestada por equinos pode ser consequente a patologias dos sistemas cardiovascular, nervoso ou endócrino, do aparelho respiratório, na um termo regulação inadequada ou, ainda, devida a dor de origem músculo esquelética resultando, neste caso, em claudicação. A claudicação é uma indicação da existência de uma desordem estrutural ou funcional, em um ou vários membros e manifesta-se durante a marcha ou a estação. Pode ser causadas por trauma, anomalias congénitas ou adquiridas, infecções, distúrbios metabólicos, desordens circulatórias e nervosas, ou ainda, uma combinação destes fatores. O diagnóstico definitivo da patologia subjacente à claudicação requer uma interpretação precisa dos exames radiográficos efetuados, o que só é possível se houver, por parte do médico veterinário, um conhecimento profundo da anatomia do animal, assim como dos vários princípios que afetam a imagem resultante.
Há que distinguir perfeitamente o normal e as suas variações, das situações patológicas. É igualmente indispensável o posicionamento adequado do animal e uma boa técnica, aquando da realização dos exames radiográficos. Neste trabalho, abordamos diversas manifestações radiográficas de patologias subjacentes a claudicações: a osteíte podal, a doença/síndrome do osso navicular e a laminite. Houve a preocupação de abordar a anatomia normal e o aspecto de radiografias sem alterações patológicas, já que, como anteriormente referido, é indispensável a distinção precisa entre variações anatómicas normais, de raça para raça, e alterações patológicas.

Osteíte Podal

Osteíte Podal é uma desmineralização da falange distal, resultante de uma inflamação. Manifesta-se radiograficamente como uma rugosidade das margens da sola da falange distal. Este problema pode encontrar-se em qualquer zona da falange distal.
Esse é o termo usado para descrever as alterações radiográficas da terceira falange, de origem infecciosa ou não, quando existe falta de informação relativamente á sua origem,
 Observa-se uma remodelação da margem solar (desmineralização acompanhada da diminuição da densidade óssea). Estas alterações tornam-se óbvias na projeção oblíqua dorso proximal, palmar distal, com o pé na vertical. Na projeção oblíqua palmar proximal palmar distal também se podem observar radiolucências circulares no processo palmar. Estas alterações manifestam-se por claudicação, mais evidentes em superfícies duras, e estão associadas ao aumento de pressão na sola ou a choques violentos. O aparar dos cascos e a ferragem podem resolver os sinais clínicos, mas as alterações radiográficas têm tendência a persistir. Uma terceira alteração que pode ser observada é a mineralização da superfície dorsal, obtida em radiografias latero mediais. Pode corresponder a osso novo na superfície dorsal, ou mineralização no tecido ou lâmina dérmica. A claudicação pode ser controlada com ferragem corretiva, mas o prognóstico é reservado.
Projeções Radiográficas


- Vista Latero medial a superfície dorsal da falange distal é opaca e lisa, embora possa apresentar-se ligeiramente convexa, desde a margem solar, até ao processo extensor. Podem existir variações na forma do processo extensor, mas geralmente é simétrico bilateralmente. O canal da sola da falange distal (sobre o qual correm os ramos terminais das artérias digitais) encontra-se entre a superfície solar do osso e a articulação interfalangial distal. Pode observar-se com um variável grau de claridade, dependendo dos fatores de exposição usados e da direção do feixe de raios X. Pode aparecer como uma distinta zona de radiolucência no meio do osso, proximal à superfície solar mas, em alguns ossos, é difícil de observar.



         

- Vista Dorso palmar a aparência da falange distal é semelhante à vista citada anteriormente. A margem solar é bem definida, descrevendo uma curva regular. Algumas irregularidades estão sempre presentes, mas podem não estar bem evidentes. Uma irregularidade distinta, em forma de V, pode estar presente na zona central da região dorsal da margem solar. Quando tal acontece é, geral bilateral e variável em tamanho. Os canais vasculares estão presentes como linhas radiolucentes, desde a falange distal, até ao canal solar. São variáveis em número e tamanho, e podem aparecer desde estreitas, a largas, encobrindo toda a margem solar. O canal solar é evidente como uma radiolucência irregular e áspera, em forma de U, correndo até ao centro da falange distal. Estende-se desde a articulação Inter falangiana distal até, aproximadamente, metade da distância entre a articulação e a margem solar. A articulação Inter falangiana distal apresenta-se como duas linhas distintas. A mais superior destas duas linhas representa o aspecto palmar da articulação da falange distal com a falange média. A linha inferior representa a porção dorsal da superfície articular da falange distal e a sua correta posição depende do ângulo posicional do osso, quando radiografado. Na vista dorso palmar, as aberturas do canal solar apresentam-se como dois foramens circulares, distais á superfície articular.

Conclusão

 Verificamos ao longo de nosso trabalho lesões sofridas por um cavalo de esporte como a osteíte podal, que em virtude de sua imensa carga de treinamentos e competições está mais propenso a se lesionar. Com exames diagnósticos, podemos constatar e propor de maneira eficiente tratamentos preventivos em cavalos. A fim de reduzir e evitar lesões neste animais. Finalmente, procuramos conciliar os trabalhos de recuperação com o treinamento dos cavalos. Através de fisioterapia e exames diagnósticos atentando para detalhes no manejo, diminuiremos muitos os índices de lesões em animais de esporte.

Bibliografia


BECHT, J. L. et al Veterinary Clinics of North America – Equine Practice
17/10/2015 as 17:32 Horas

http://www.saudeanimal.com.br/equinos/osteite-podal.htm. A
20/10/2015 as 15:26 Horas



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