Curso de Radiologia do centro
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre
Professa: Nathalia Roncada
Santo André
10/2015
INTEGRANTES:
Alexandra Aparecida
Bianca Santos Vigo
Denilson Torres
Erika Hilario
Jhenifer Alves
Jenifer Juliana
A
perda de performance é um grave problema em cavalos de competição, que afeta
todas as raças. A intolerância ao exercício manifestada por equinos pode ser
consequente a patologias dos sistemas cardiovascular, nervoso ou endócrino, do
aparelho respiratório, na um termo regulação inadequada ou, ainda, devida a dor
de origem músculo esquelética resultando, neste caso, em claudicação. A
claudicação é uma indicação da existência de uma desordem estrutural ou
funcional, em um ou vários membros e manifesta-se durante a marcha ou a
estação. Pode ser causadas por trauma, anomalias congénitas ou adquiridas,
infecções, distúrbios metabólicos, desordens circulatórias e nervosas, ou
ainda, uma combinação destes fatores. O diagnóstico definitivo da patologia
subjacente à claudicação requer uma interpretação precisa dos exames
radiográficos efetuados, o que só é possível se houver, por parte do médico
veterinário, um conhecimento profundo da anatomia do animal, assim como dos
vários princípios que afetam a imagem resultante.
Há
que distinguir perfeitamente o normal e as suas variações, das situações
patológicas. É igualmente indispensável o posicionamento adequado do animal e
uma boa técnica, aquando da realização dos exames radiográficos. Neste
trabalho, abordamos diversas manifestações radiográficas de patologias
subjacentes a claudicações: a osteíte podal, a doença/síndrome do osso
navicular e a laminite. Houve a preocupação de abordar a anatomia normal e o
aspecto de radiografias sem alterações patológicas, já que, como anteriormente
referido, é indispensável a distinção precisa entre variações anatómicas
normais, de raça para raça, e alterações patológicas.
Osteíte
Podal é uma desmineralização da falange distal, resultante de uma inflamação. Manifesta-se
radiograficamente como uma rugosidade das margens da sola da falange distal.
Este problema pode encontrar-se em qualquer zona da falange distal.
Esse
é o termo usado para descrever as alterações radiográficas da terceira falange,
de origem infecciosa ou não, quando existe falta de informação relativamente á
sua origem,
Observa-se uma remodelação da margem solar
(desmineralização acompanhada da diminuição da densidade óssea). Estas
alterações tornam-se óbvias na projeção oblíqua dorso proximal, palmar distal,
com o pé na vertical. Na projeção oblíqua palmar proximal palmar distal também
se podem observar radiolucências circulares no processo palmar. Estas
alterações manifestam-se por claudicação, mais evidentes em superfícies duras,
e estão associadas ao aumento de pressão na sola ou a choques violentos. O
aparar dos cascos e a ferragem podem resolver os sinais clínicos, mas as
alterações radiográficas têm tendência a persistir. Uma terceira alteração que
pode ser observada é a mineralização da superfície dorsal, obtida em
radiografias latero mediais. Pode corresponder a osso novo na superfície
dorsal, ou mineralização no tecido ou lâmina dérmica. A claudicação pode ser
controlada com ferragem corretiva, mas o prognóstico é reservado.
-
Vista Latero medial a superfície dorsal da falange distal é opaca e lisa,
embora possa apresentar-se ligeiramente convexa, desde a margem solar, até ao
processo extensor. Podem existir variações na forma do processo extensor, mas
geralmente é simétrico bilateralmente. O canal da sola da falange distal (sobre
o qual correm os ramos terminais das artérias digitais) encontra-se entre a
superfície solar do osso e a articulação interfalangial distal. Pode
observar-se com um variável grau de claridade, dependendo dos fatores de exposição
usados e da direção do feixe de raios X. Pode aparecer como uma distinta zona
de radiolucência no meio do osso, proximal à superfície solar mas, em alguns
ossos, é difícil de observar.
-
Vista Dorso palmar a aparência da falange distal é semelhante à vista citada
anteriormente. A margem solar é bem definida, descrevendo uma curva regular.
Algumas irregularidades estão sempre presentes, mas podem não estar bem
evidentes. Uma irregularidade distinta, em forma de V, pode estar presente na
zona central da região dorsal da margem solar. Quando tal acontece é, geral
bilateral e variável em tamanho. Os canais vasculares estão presentes como
linhas radiolucentes, desde a falange distal, até ao canal solar. São variáveis
em número e tamanho, e podem aparecer desde estreitas, a largas, encobrindo
toda a margem solar. O canal solar é evidente como uma radiolucência irregular
e áspera, em forma de U, correndo até ao centro da falange distal. Estende-se
desde a articulação Inter falangiana distal até, aproximadamente, metade da
distância entre a articulação e a margem solar. A articulação Inter falangiana
distal apresenta-se como duas linhas distintas. A mais superior destas duas
linhas representa o aspecto palmar da articulação da falange distal com a
falange média. A linha inferior representa a porção dorsal da superfície
articular da falange distal e a sua correta posição depende do ângulo
posicional do osso, quando radiografado. Na vista dorso palmar, as aberturas do
canal solar apresentam-se como dois foramens circulares, distais á superfície
articular.
Verificamos ao longo de nosso trabalho lesões
sofridas por um cavalo de esporte como a osteíte podal, que em virtude de sua
imensa carga de treinamentos e competições está mais propenso a se lesionar.
Com exames diagnósticos, podemos constatar e propor de maneira eficiente
tratamentos preventivos em cavalos. A fim de reduzir e evitar lesões neste
animais. Finalmente, procuramos conciliar os trabalhos de recuperação com o
treinamento dos cavalos. Através de fisioterapia e exames diagnósticos
atentando para detalhes no manejo, diminuiremos muitos os índices de lesões em
animais de esporte.
BECHT, J. L. et al Veterinary
Clinics of North America – Equine Practice
17/10/2015 as 17:32 Horas
http://www.saudeanimal.com.br/equinos/osteite-podal.htm.
A
20/10/2015 as 15:26 Horas
20/10/2015 as 15:26 Horas
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