quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Osteíte podal em equinos

Curso de Radiologia do centro 
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre 

Professa: Nathalia Roncada 

Santo André 
10/2015

INTEGRANTES: 

Alexandra Aparecida 
Bianca Santos Vigo 
Denilson Torres 
Erika Hilario 
Jhenifer Alves

Jenifer Juliana



Introdução


 A perda de performance é um grave problema em cavalos de competição, que afeta todas as raças. A intolerância ao exercício manifestada por equinos pode ser consequente a patologias dos sistemas cardiovascular, nervoso ou endócrino, do aparelho respiratório, na um termo regulação inadequada ou, ainda, devida a dor de origem músculo esquelética resultando, neste caso, em claudicação. A claudicação é uma indicação da existência de uma desordem estrutural ou funcional, em um ou vários membros e manifesta-se durante a marcha ou a estação. Pode ser causadas por trauma, anomalias congénitas ou adquiridas, infecções, distúrbios metabólicos, desordens circulatórias e nervosas, ou ainda, uma combinação destes fatores. O diagnóstico definitivo da patologia subjacente à claudicação requer uma interpretação precisa dos exames radiográficos efetuados, o que só é possível se houver, por parte do médico veterinário, um conhecimento profundo da anatomia do animal, assim como dos vários princípios que afetam a imagem resultante.
Há que distinguir perfeitamente o normal e as suas variações, das situações patológicas. É igualmente indispensável o posicionamento adequado do animal e uma boa técnica, aquando da realização dos exames radiográficos. Neste trabalho, abordamos diversas manifestações radiográficas de patologias subjacentes a claudicações: a osteíte podal, a doença/síndrome do osso navicular e a laminite. Houve a preocupação de abordar a anatomia normal e o aspecto de radiografias sem alterações patológicas, já que, como anteriormente referido, é indispensável a distinção precisa entre variações anatómicas normais, de raça para raça, e alterações patológicas.

Osteíte Podal

Osteíte Podal é uma desmineralização da falange distal, resultante de uma inflamação. Manifesta-se radiograficamente como uma rugosidade das margens da sola da falange distal. Este problema pode encontrar-se em qualquer zona da falange distal.
Esse é o termo usado para descrever as alterações radiográficas da terceira falange, de origem infecciosa ou não, quando existe falta de informação relativamente á sua origem,
 Observa-se uma remodelação da margem solar (desmineralização acompanhada da diminuição da densidade óssea). Estas alterações tornam-se óbvias na projeção oblíqua dorso proximal, palmar distal, com o pé na vertical. Na projeção oblíqua palmar proximal palmar distal também se podem observar radiolucências circulares no processo palmar. Estas alterações manifestam-se por claudicação, mais evidentes em superfícies duras, e estão associadas ao aumento de pressão na sola ou a choques violentos. O aparar dos cascos e a ferragem podem resolver os sinais clínicos, mas as alterações radiográficas têm tendência a persistir. Uma terceira alteração que pode ser observada é a mineralização da superfície dorsal, obtida em radiografias latero mediais. Pode corresponder a osso novo na superfície dorsal, ou mineralização no tecido ou lâmina dérmica. A claudicação pode ser controlada com ferragem corretiva, mas o prognóstico é reservado.
Projeções Radiográficas


- Vista Latero medial a superfície dorsal da falange distal é opaca e lisa, embora possa apresentar-se ligeiramente convexa, desde a margem solar, até ao processo extensor. Podem existir variações na forma do processo extensor, mas geralmente é simétrico bilateralmente. O canal da sola da falange distal (sobre o qual correm os ramos terminais das artérias digitais) encontra-se entre a superfície solar do osso e a articulação interfalangial distal. Pode observar-se com um variável grau de claridade, dependendo dos fatores de exposição usados e da direção do feixe de raios X. Pode aparecer como uma distinta zona de radiolucência no meio do osso, proximal à superfície solar mas, em alguns ossos, é difícil de observar.



         

- Vista Dorso palmar a aparência da falange distal é semelhante à vista citada anteriormente. A margem solar é bem definida, descrevendo uma curva regular. Algumas irregularidades estão sempre presentes, mas podem não estar bem evidentes. Uma irregularidade distinta, em forma de V, pode estar presente na zona central da região dorsal da margem solar. Quando tal acontece é, geral bilateral e variável em tamanho. Os canais vasculares estão presentes como linhas radiolucentes, desde a falange distal, até ao canal solar. São variáveis em número e tamanho, e podem aparecer desde estreitas, a largas, encobrindo toda a margem solar. O canal solar é evidente como uma radiolucência irregular e áspera, em forma de U, correndo até ao centro da falange distal. Estende-se desde a articulação Inter falangiana distal até, aproximadamente, metade da distância entre a articulação e a margem solar. A articulação Inter falangiana distal apresenta-se como duas linhas distintas. A mais superior destas duas linhas representa o aspecto palmar da articulação da falange distal com a falange média. A linha inferior representa a porção dorsal da superfície articular da falange distal e a sua correta posição depende do ângulo posicional do osso, quando radiografado. Na vista dorso palmar, as aberturas do canal solar apresentam-se como dois foramens circulares, distais á superfície articular.

Conclusão

 Verificamos ao longo de nosso trabalho lesões sofridas por um cavalo de esporte como a osteíte podal, que em virtude de sua imensa carga de treinamentos e competições está mais propenso a se lesionar. Com exames diagnósticos, podemos constatar e propor de maneira eficiente tratamentos preventivos em cavalos. A fim de reduzir e evitar lesões neste animais. Finalmente, procuramos conciliar os trabalhos de recuperação com o treinamento dos cavalos. Através de fisioterapia e exames diagnósticos atentando para detalhes no manejo, diminuiremos muitos os índices de lesões em animais de esporte.

Bibliografia


BECHT, J. L. et al Veterinary Clinics of North America – Equine Practice
17/10/2015 as 17:32 Horas

http://www.saudeanimal.com.br/equinos/osteite-podal.htm. A
20/10/2015 as 15:26 Horas



Meios de diagnóstico e Patologia respiratória dos Equinos.

Trabalho de dissertação do
Curso de Radiologia do centro
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre
                                                                                       Professa: Nathalia Roncada
                                                         
                                                            Santo André


10/2015

INTEGRANTES: 

Bruna Patricia Ribeiro 
Cleidian Nascimento Pereira 
Cicera Patricia 
Eliane Correia de Oliveira 
Felipe Anderson Albuquerque 
Gedley Luana da Silva 
Shirley Carraro 
Suellen de Moura Ferreira




1.0 Meios de diagnóstico e Patologia respiratória dos Equinos.

1.1 Introdução

Qualquer que seja a raça do cavalo e independentemente de como ele é utilizado, as enfermidades respiratórias representam um dos principais problemas nesta espécie. Além do tempo que se perde no tratamento de qualquer enfermidade respiratória, existe um fator que preocupa os técnicos que é a possibilidade destas enfermidades se transformarem em um problema crônico. Isto pode prejudicar o rendimento a ponto de incapacitar o animal para as suas atividades. De acordo com estudos representativos, a cada ano ao redor de 25% dos cavalos de corrida e de passeio contraem enfermidades agudas das vias respiratórias, enquanto que mais de 10 % dos mesmos desenvolvem diferentes tipos de doenças crônicas. O primeiro sintoma de que algo não vai bem com o sistema respiratório é a fadiga, que pode ser intensa ou moderada, dependendo da intensidade do esforço físico à qual o animal é submetido. Pode ocorrer uma diminuição do apetite com a consequente perda de peso. Pode ocorrer um corrimento nasal a princípio aquoso, podendo se tornar viscoso e de coloração amarelada; respiração forçada e abdominal acompanhada de tosse; existem vários agentes que podem causar estes distúrbios, alguns deles são vírus e outros podem ser bactérias. Em muitos casos pode ocorrer queda de desempenho e hemorragia pulmonar, com perda de sangue pelas narinas geralmente após grande esforço físico. 


1.2 Diagnóstico por Imagem do Sistema
Respiratório dos Equinos
O sistema respiratório de animais de grande porte é um sistema complexo e desafiador que motiva diversos estudos na medicina veterinária. Dentre os exames complementares para avaliação do sistema respiratório, as técnicas de imagem fornecem informações importantes para condução do diagnóstico dos animais. Os principais métodos utilizados na rotina são a radiografia, a ultrassonografia convencional e a endoscopia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a cintilografia também podem ser utilizadas, porém com restrições quanto a relação custo/benefício, tamanho dos animais e complexidade do exame. É importante que novos estudos sejam realizados para que os exames que envolvem alta tecnologia sejam adaptados para a rotina e forneçam informações seguras que justifiquem o custo/benefício da técnica. Esses avanços no diagnóstico veterinário permite uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na fisiologia dos animais.
O estudo do sistema respiratório depende de exame físico adequado, da coleta de amostras satisfatórias e de vários exames complementares, dentre os exames de diagnóstico por imagem. Os exames complementares não substituem o exame clínico, porém são muito importantes para avaliar a extensão das alterações, o comprometimento das estruturas adjacentes, e acompanhar a evolução clínica do paciente, averiguar a efetividade do tratamento instituído, além de contribuir para determinar o prognóstico. Cavalos e Radiologia; data de acesso: 18/10/15
1.3 Endoscopia
A Endoscopia fornece informações relevantes sobre as vias aéreas, visto que permite a avaliação macroscópica adequada de quase toda extensão do sistema respiratório. Durante o exame é importante avaliar a conformação do lúmem, o aspecto da mucosa, a relação entre as estruturas, tais como o palato mole e a epiglote, os movimentos da laringe, além da presença, origem e aparência das secreções.
O paciente deve ser estimulado a deglutir para melhor avaliação que podem não estar visíveis no exame direto, como pequeno cisto na epiglote.
A endoscopia também pode ser útil na detecção de material aspirado na traquéia, obtenção de biópsias da mucosa brônquica ou tecido transbronquial e na lavagem de segmentos do sistema respiratório, como bolsa gutural, traquéia e brônquios. As biópsias bronquiais, com auxílio do endoscópio, são seguras e não estão associadas a maiores complicações, sendo de grande auxílio em alterações focais com no diagnóstico de neoplasias malignas, (as bolsas guturais são locais comuns de infecção em equinos, o lavado do local guiado por endoscópio é o método mais sensível para identificar alguns agentes, como nos casos de portadores crônicos de Strepococcus equi). Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
Os lavados traqueobrônquicos (LTB) e broncoalveolares (LBA), guiados por endoscopia, permitem coletar amostras de secreções, células de liberação e descamação das mucosas bronquiais e da região alveolar, as quais podem ser indicativas de alterações respiratórias. Para realização dos lavados guiados por endoscopia, a sonda é introduzida pela narina do animal até atingir o local desejado, a mucosa brônquica deve ser dessensibilizada instilando lidocaína a 0,5%, conforme o avanço do endoscópio. O procedimento é baseado na infusão de fluídos isotônico pré-aquecido e imediata sucção do mesmo, sendo o resultado associado aos sinais clínicos do paciente.
A execução do LBA pode desencadear discreta inflamação, leve hiperemia da mucosa e tosse transitória. Devido à indução de neutrofilia pulmonar local ou generalizada, com duração de pelo menos 48 horas, o intervalo entre lavados seriados deve ser de no mínimo 72 horas, além disso, a endoscopia permite avaliar a anatomia e função do trato respiratório superior (TRS) com o animal em repouso e durante o exercício.
Devido à alta prevalência de anormalidades encontradas durante o exercício em equinos diagnosticados como saudáveis ao exame endoscópico em repouso, sugere-se que sejam realizados os dois tipos de avaliações em animais com redução de performance associada à disfunção do (TRS), permite ainda a avaliação de animais com hemorragia pulmonar induzida pelo exercício, em que a presença de sangue pode ser observada, na maioria dos animais, até sete dias após o episódio de hemorragia pulmonar baseada no volume de sangue presente e pela sua distribuição ao longo das vias aéreas.
A classificação proposta por Baccarin é:
v  Grau I: presença de pequenas estrias e ou coágulos situados no terço distal da traquéia;
v  Grau II: filetes de sangue distribuídos aleatoriamente (não uniforme) por toda extensão da traquéia, além de coágulos maiores;
v  Grau III: sangue distribuído uniformemente por toda extensão da traquéia;
v  Grau IV: quantidade abundante de sangue por toda a traquéia, laringe, faringe e fossas nasais;
v  Grau V: exacerbação do grau anterior e epistaxe. Nos casos de doenças infecciosa do sistema respiratório, a contaminação do aparelho deve ser considerada como risco de infecção para outros animais, o que justifica assepsia adequada do endoscópio. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
1.4 Radiografia
O exame radiográfico é útil na avaliação da cavidade nasal, seios paranasais, bolsas guturais, região retrofaríngea e nos pulmões. As radiografias da cavidade nasal e seios nasais permitem a visibilização das alterações devido ao contraste ente o ar e as estruturas ósseas presentes. Os sinais típicos de alterações incluem presença de interfaces de fluído nas cavidades, perda de contraste do ar visto a presença de liquido ou tecido mole, depressão ou elevação dos ossos da face e distorção das estruturas normais como raízes dos dentes, conforme ilustração 1.
Embora as bolsas guturais sejam tecidos moles, o ar ao redor proporciona contraste radiográfico que permite a avaliação da estrutura, os compartimentos medial e lateral de cada bolsa são facilmente visualizados, a presença de interface de líquidos pode sugerir hematoma ou empiema. Nas radiografias torácicas, devido à grande sobreposição de estruturas, a técnica é limitada ao tamanho dos animais.

Nestes casos é comum ocorrer subexposição da técnica radiográfica devido à dificuldade de penetração dos feixes de raio-x, o que pode levar a uma interpretação errônea das radiografias. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
Ilustração 1. Radiografia lateral do crânio de equino adulto demonstrando área radiopaca circunscrita de limites parcialmente definidos em região caudal de seio nasal esquerdo. Imagem cedida pela FMVZ – UNESP Botucatu.


Para evitar avaliações duvidosas das radiografias torácicas, pose-se acompanhar a evolução do paciente comparando a técnica radiográfica pela radiopacidade dos corpos vertebrais que devem manter-se constantes, garantindo, dessa forma, maior fidedignidade dos padrões pulmonares encontrados. Em animais adultos podem ser realizados três tipos de exames radiográficos do tórax: o básico, modificado e o personalizado.
O básico consiste em quatro radiografias: a craniodorsal, cranioventral, caudodorsal e a caudoventral. O exame modificado inclui uma quinta radiografia mediodorsal que abrange melhor a porção dorsal do tórax. O exame personalizado é mais especifico e localizado; utiliza-se a centralização do foco, principalmente quando há suspeita de massa ou outra alteração focal nos pulmões.
Em animais recém-nascidos, o exame radiográfico pode apresentar interpretação questionável nas primeiras 48 horas, visto que o padrão misto (intersticial-alveolar) pode ser encontrado em animais recém-nascidos normais, em animais prematuros e no caso de potros com alterações pulmonares. Este padrão é justificado pela inflação incompleta dos pulmões e retenção de líquidos, muito comum nas primeiras horas de vida. Dessa forma, em animais recém-nascidos com suspeita de alterações respiratórias, deve-se repetir os exames radiográficos, além de associar os resultados com outros exames laboratoriais.
O padrão pulmonar intersticial é predominantemente observado na fase inicial da maioria das doenças pulmonares, incluindo as virais, as bacterianas, as micóticas, as parasitárias e as neoplásicas. No entanto, o padrão intersticial nodular geralmente é associado à pneumonia fúngica, abscessos, granulomas ou metástase pulmonar. O padrão pulmonar brônquico cursa com espessamento da parede e alterações no formato dos brônquios como demonstrado na ilustração 2, este quadro acomete animais com quadros inflamatórios como as pneumonias alérgicas e broncopneumonias.
Em animais jovem, as cartilagens da traquéia podem não ser evidenciadas nas radiografias, visto que a calcificação destas ocorrem com o avançar da idade. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.

Ilustração 2. Radiografia caudodorsal do tórax de um equino adulto demonstrando padrão pulmonar misto (intersticial e brônquico) com aumento difuso da radiopacidade pulmonar e dilatação de brônquios com espessamento de parede. Imagem cedida pela FMVZ – UNESP Botucatu.

O padrão pulmonar alveolar caracteriza-se pelo preenchimento dos alvéolos por líquidos ou secreções, o que evidencia o ar dentro dos brônquios, formando os broncogramas aéreos. Este padrão inclui como diagnósticos diferenciais as pneumonias bacterianas, fúngicas, aspirativas e os edemas pulmonares.
Quando há efusão pleural, a cavidade torácica adquire radiopacidade áqua ao exame radiográfico, neste caso, é importante repetir as radiografias após a remoção do líquido, a fim de avaliar os pulmões e demais estruturas. No entanto a presença de liquido no tórax pode ser melhor visualizada no exame ultrassonográfico.
Diferentemente de humanos e pequenos animais, as radiografias torácicas de equinos geralmente são muito inespecíficas, doença inflamatória das vias aéreas e obstrução recorrente, podem estar associadas a radiografias normais, o que justifica o uso de outros métodos de diagnóstico por imagem. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
1.5 Ultrassonografia Torácica
A avaliação ultrassonográfica do sistema respiratório de grandes animais depende da experiência do ultrassonografista e do conhecimento da anatomia do animal. O exame ultrassonográfico é útil para diagnostico, terapêutica e avaliação do prognóstico de doenças pleurais e do parênquima periférico dos pulmões, além das doenças obstrutivas de equinos.
O ultrassom apresenta vantagens sobre a radiografia para detectar derrame pleural, consolidação pulmonar, abscessos mediastinais e pulmonares, tumores e granulomas. Adicionalmente, uma maior avaliação da laringe, especialmente da região muscular, pode ser realizada, já que na radiografia há grande sobreposição das estruturas, outra vantagem da técnica é auxiliar na escolha do local para realização de pleurocentese, que fornece material para exame citológico e microbiológico, além de avaliar a compressão pulmonar quando há depósito de líquido ou ar no espaço pleural. O exame também possibilita caracterizar a celularidade do líquido pela sua ecogenecidade, estimar o volume e avaliar aderências, espessamento pleural, necrose pulmonar e atelectasia.
É comum encontrar discreta quantidade de líquido na porção mais cranioventral do tórax, no entanto quando há um acúmulo de fluído, sugere-se derrama pleural, o qual pode ser observado como anecóico ou hipoecóico, dependendo da celularidade. Nos casos de transudatos e transudatos modificados, encontrados em pericardites e pleuropneumonias sem presença de fibrina, o fluído aparece anecóico, já quando há aderências como nos casos de pleuropneumonias crônicas, a imagem apresenta-se hipoecóica devido à presença de fibrina conforme ilustração 3. 

Ilustração 3. Sonograma obtido no 8° espaço intercostal do tórax de equino com pleuropneumonia crônica demonstrando grande quantidade de conteúdo hipoecóico e anecóico no espaço pleural. Imagem cedida pela FMVZ – UNESP Botucatu. 

A consolidaçõa pulmonar ou abscessos na região periférica dos pulmões são facilmente visibilizados no exame ultrassonográfico, como áreas com alterações de ecogenicidade com perda do padrão normal de artefatos de reverberação, causados pela presença de ar durante a respiração do animal. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
A biópsia pulmonar pode ser realizada por via percutânea guiada por ultrassom. Em geral as biópsias pulmonares são realizadas quando as radiografias apresentam padrão pulmonar miliar ou nos casos de suspeita de neoplasias e doenças infiltrativas. As complicações associadas com a biópsia pulmonar em equinos incluem epistaxe, hemorragia pulmonar, taquipnéia, desconforto respiratório e, raramente pneumotórax, a biópsia deve ser contra-indicada nos casos de hipertensão pulmonar, cistos, abscessos, coagulopatias, animais em taquipnéia grave ou tosse incontrolável.
Outra aplicação da ultrassonografia é a detecção de hérnias diafragmáticas, em que os órgãos da cavidade abdominal invadem a cavidade torácica deslocando os pulmões e o coração. Nestes casos, é possível notar o deslocamento das estruturas, a presença de órgãos da cavidade abdominal no tórax e no caos de deslocamento intestinal, a presença de gás e peristaltismo das alças. As desvantagens da técnica estão relacionadas ao acesso limitado à cavidade torácica pelos espaços intercostais e à grande quantidade de artefato devido à presença de ar, que limita a avaliação das pleuras e da porção superficial dos pulmões.

  

1.6 Tomografia Computadorizada
A Tomografia Computadorizada (TC) oferece informações adicionais sobre alterações encontradas na cavidade nasal e seios paranasais, visto que sofre pouca interferência da sobreposição das estruturas ilustração 4. A técnica permite identificar o local e extensão das lesões e avaliar as condições das estruturas adjacentes nos casos de traumas, neoplasias e infecções.
Ilustração 4. Corte tomográfico axial da cabeça de equino post-mortem demonstrando região de cavidade nasal e seios paranasais sem alterações. Imagem cedida pela FMVZ – UNESP Botucatu.

A TC também permite a reconstrução 3D e 4D do crânio e a remoção da sobreposição das estruturas, o que possibilita uma avaliação minuciosa do local desejado, apesar da TC apresentar melhor resolução para avaliações ósseas, esta pode ser útil na diferenciação de massas, hemorragias e mineralização de tecidos moles, já que o diferente valor de atenuação das estruturas contribui para determinar a composição do tecido avaliado.
Alguns artefatos podem ocorrer durante o exame como artefatos de volume parcial e endurecimento do feixe (cup artifacts). Essas alterações se devem ao valor de coeficiente linear médio de atenuação de um voxel muito heterogênio e ao grande contraste entre as interfaces dos ossos do crânio e o ar o que prejudica a reconstrução das imagens, os artefatos podem ser minimizados colimando os feixes e com cortes de menor espessura. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
Apesar da tomografia computadorizada ser um método sofisticado de diagnóstico, principalmente ao fornecer imagens em corte milimétrico de diversos planos, a disponibilidade desta técnica ainda é limitada devido ao custo, à necessidade de anestesia geral e ao tamanho dos equinos que, em relação ao diâmetro do gantry do aparelho, só permite a avaliação de algumas partes do corpo dos animais como cabeça e membros.

1.7 Ressonância Magnética
A Ressonância Magnética (MRI) é uma técnica baseada na composição de água dos tecidos e nas propriedades magnéticas das moléculas de hidrogênio no organismo. No trato respiratório de equinos, a técnica é limitada à cabeça dos animais adultos e ao tórax e cabeça nos casos de pôneis e potros.
A avaliação da cabeça de equinos permite avaliações específicas, sem sobreposição de estruturas, além de permitir a reconstrução 3D das imagens. A grande vantagem da ressonância para a tomografia computadorizada é a melhor resolução para tecidos moles, o que permite, por exemplo, o estudo de estruturas extraluminais da laringe e aparelho hióide.
O exame de MRI pode durar cerca de 60 a 120 minutos, dependendo do local avaliado, e são realizadas diferentes sequencias durante um mesmo exame, as quais fornecem informações baseadas nas diferentes características de cada tecido. Muitas vezes, é necessário combinar as informações de todas sequencias adquiridas para fazer um diagnóstico com precisão e oferecer um plano de tratamento e prognóstico. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
Durante o exame de MRI, cuidados extremos devem ser tomados com materiais metálicos que possam ser atraídos pelo campo magnético, os quais podem ocasionar acidentes graves. Além disso, objetos metálicos e alguns materiais podem causar interferência no sinal magnético e criar artefatos na imagem, comprometendo a qualidade do exame.
A ressonância magnética tem grande potencial para aumentar a capacidade de diagnóstico em doenças do trato respiratório superior de equinos, como alterações na laringe e tecidos adjacentes. No entanto, é geralmente reservada para casos específicos em que outros métodos de baixo custo são limitados ou não conclusivos, devido ao alto custo da técnica.
1.8 Cintilografia
A Cintilografia permite obter informações sobre os processos fisiopatológicos de doenças que envolvem o sistema respiratório, além de detectar doenças subclínicas ou alterações não visibilizadas em outras técnicas de diagnóstico por imagem. O princípio físico da técnica baseia-se na aplicação de rádio fármaco específico emissor de radiação gama, a qual é captada por uma câmara que permite luz proporcional à intensidade da radiação incidida. Os flashes de luz são convertidos em sinais elétricos proporcionais às amplitudes das ondas formando as imagens.
As imagens para cintilografia pulmonar em equinos são obtidas da região lateral do tórax, dividindo em porção cranial e caudal, geralmente é necessário sedar o animal, lembrando que os agonistas adrenérgicos podem alterar a função respiratória, principalmente em animais com doenças obstrutivas recorrentes. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
O estudo da perfusão pulmonar local por meio da cintilografia, pode fornecer informações sobre abscessos pulmonares, bronquites e avaliar a resposta à tratamentos específicos. Com o avançar dos estudos em cintilografia será possível maior entendimento da dinâmica respiratória em equinos, visto que a técnica possibilita avaliar a perfusão pulmonar, ventilação e depuração alveolar, além de determinar o envolvimento das células em processos inflamatórios e contribuir em pesquisas sobre a deposição de aerossóis nos pulmões, no entanto o procedimento ainda é limitado na medicina veterinária e restrito a centros especializados, visto que envolve tecnologia avançada adaptada da medicina humana, o que requer grande experiência dos profissionais, além dos custos elevados. Diagnóstico por imagem na avaliação do sistema respiratório de equinos; data de acesso: 18/10/15.
1.9 Patologias Respiratórias dos Equinos
A seguir iremos conhecer algumas doenças respiratórias que acomete a saúde e bom desempenho dos equinos vamos começar com a D.P.O.C. considerada a mais importante logo mais teremos a Pulmoeira, Dictiocaulose, resfriados das vias nasais, Gurma, Enjoo de movimento, Cornage e finalmente Epistaxe.
2.0 Doença Pulmonar Obstrutiva (D.P.O.C)
É uma afecção relativamente frequente em cavalos de corrida produzindo redução da performance, intolerância ao exercício, dispneia expiratória, tosse e perda de peso nos casos crônicos mais graves.
São muitos sinônimos pelos quais a D.P.O.C. é conhecida, entre eles citamos: enfisema crônico, bronquite crônica, bronquiolite crônica e obstrução de fluxo de ar recorrente. A etiopatogenia não se encontra ainda completamente esclarecida, assim como os sinais clínicos podem apresentar variações em termos de tipos de manifestações e de intensidade com que se manifestam.
A D.P.O.C. pode ser consequentemente a processos pulmonares primários desencadeadores de bronquites e bronquiolítes, por manifestações alérgicas tipo asmática, poeira ou substâncias alérgicas em suspensão no ar. Tal fato pode ser observado pela alta prevalência do processo em cavalos estabulados em baias mal-ventiladas. As camas de serragem ou de maravalha, rações fareladas e fenos secos. Portal da Educação; data de acesso: 19/10/15.
Facilmente eliminam partículas que ficam em suspensão no ar e são inaladas pelo cavalo, constituindo-se em fator irritante e antigênico importante no desencadeamento da afecção.
Os agentes etiológicos que causam a doença são:
v  Pó de cana;
v  Pó de feno: contém grande quantidade de ácaros como o Lepidoglyphus destructor;
v  Fungos (antigênicos e alérgicos): a inalação de extrato aquoso de Aspergillus fumigatus ou Faenia rectivirgula induzem a uma resposta inflamatória com o aumento do número de neutrófilos;
v  Endotoxinas: amônia, a concentração pode exceder o limiar e provocar uma inflamação, provoca aumento do número de neutrófilos;
v  Condições climáticas;
v  Alfafa: contém fungos que provocam reações alérgicas;
v  Infestações por vermes pulmonares: o Dictyocaulus arnfield provoca levões no pulmão.
Nesta situação ambiental, são predispostos cavalos mantidos em manejo extensivo exclusivamente a pasto e que repentinamente são estabulados e alimentado com fenos e concentrados sob a forma de farelos principalmente. Web Artigos; data de acesso: 19/10/15.
Esta enfermidade acomete principalmente cavalos em torno dos 5 anos de idade, podendo, no entanto, manifestar-se em cavalos com 2 - 3 anos quando iniciam as temporadas hípicas. A D.P.O.C. produz hipoxemia, descréscimo da complacência e aumento da resistência pulmonar com baixa troca gasosa, compatíveis com quadro de obstrução difusa do fluxo de ar. O processo inflamatório que se instala, com produção de tampões de muco, restos celulares e exsudato, associado ao broncoespasmo decorrente da ação de mediadores químicos e estimulação de receptores alfa-adrenérgicos, determina a manifestação e a intensidade dos sinais clínicos da doença.
O quadro clínico se caracteriza por dispneia, hiperapneia, pouca tolerância ao exercício e expiração forçada. O aumento da frequência respiratória durante repouso é a primeira manifestação clínica aparente da bronquite e em alguns casos do enfisema pulmonar, associada a uma dificuldade na expiração que se processa em dois tempos, em consequência à dilatação, perda de elasticidade, obstrução e finalmente ruptura dos alvéolos, consequências estas devido à obstrução do fluxo de ar causada por tampões mucosos, restos celulares e espasmos da musculatura lisa dos brônquios. Portal da Educação; data de acesso: 19/10/15. 
Às vezes os equinos podem apresentar corrimento seroso ou sero-mucoso proveniente dos pulmões ou mesmo, corrimento sero-mucoso-sanguinolento em virtude de rompimento de vasos alveolares. O diagnóstico da D.P.O.C. se baseia exclusivamente na manifestação clínica característica, devendo-se sempre descartar a possibilidade de afecção respiratória aguda. O tratamento pode ser conduzido no sentido de se aliviar a insuficiência respiratória do animal e deve estar direcionado para etiopatogenia da afecção.
Os sinais clínicos podem aparecer em repouso ou em exercício, tendo uma queda na performance, sendo esse processo crônico e recorrente aumentando em resposta a uma mudança ambiental como:
v  Osse ocasional;
v  Intolerância ao exercício;
v  Febre (quando há infecção bacteriana);
v  Corrimento nasal;
v  Latargia:
v  Anorexia;
v  Hipertrofia de músculos abdominais;
v  Alteração da frequência respiratória com o tempo de inspiração maior que o tempo de expiração;
v  Mucosas cianóticas (coloração azulada).
Web Artigos; data de acesso: 19/10/15.
Cavalos com crises agudas podem ser tratados com anti-histamínicos (prometazina 0,5 a 1,0 mg/kg) associados à corticoterapia (prednisolona oral 1 a 2 mg/kg). Drogas broncoespasmolíticas (clembuterol 0,8 mg/kg) e mucolíticas (Bisolvon), ou em sistemas de nebulização (Pirbuterol 600g/cavalo), produzem alívio imediato dos sintomas, principalmente quando se realiza oxigênioterapia concomitantemente. Os animais devem ser mantidos protegidos do vento, principalmente nos meses de inverno, ao ar livre ou baias arejadas.
O prognóstico da doença é favorável, porém nos cavalos de corrida e de salto, a D.P.O.C. torna-os deficientes em termos de respiração, em razão à baixa capacidade de captação de oxigênio. Portal da Educação; data de acesso: 19/10/15. 
2.1 Pulmoeira
Doença comum provocada por alergia ao pó ou esporos de fungos
O cavalo pode tossir tanto no estábulo, como a trabalhar. Poderá haver algum corrimento nasal, em especial depois do trabalho. O ritmo respiratório poderá aumentar e a respiração passa a ser mais precipitada a temperatura corporal mantém-se normal.
Apesar da pulmoeira ser permanente, pode ser controlada de acordo com procedimentos corretos e mais adequados (como molhar o feno, dar erva semi-seca e embalada em vácuo, mudar a cama para aparas de madeira ou papel e manter o cavalo ao ar livre o máximo de tempo possível). Para diferenciar esta doença de outras, cujos sintomas sejam tosse e corrimento nasal, como a infecção bacteriana crônica um veterinário deverá ser chamado. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.
2.2 Dictiocaulose
Provoca uma tosse crônica com ou sem corrimento nasal e pouca resistência ao exercício. É visível em cavalos que pastaram com burros, esta doença é transmitida entre burros e de burros para cavalos, mas não entre cavalos.
Os cavalos que pastam com burros devem ser desparasitados contra esta doença com regularidade. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15. 
2.3 Resfriados das Vias Nasais
É similar à gripe do tipo humano, o cavalo pode não ter febre, não ter vontade de comer e desenvolver um corrimento nasal ou tosse. Caso os sintomas de verifiquem, há que isolar o cavalo mantê-lo quente não o fazer trabalhar e chamar o veterinário.
A vacinação protege contra vírus específicos e reduz os sintomas. Só se volta a pôr o cavalo a trabalhar depois de completamente recuperado, dada a fragilidade em que as vias respiratórias ficam Dado o alto índice de contagio das doenças virais, há que verificar outros animais, a verificação da temperatura deve ser feita duas vezes por dia (caso está suba, deve parar-se o trabalho imediatamente). Há bactérias que provocam os mesmos sintomas. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.  
2.4 Gurma
É uma infecção bacteriana altamente contagiosa provocada pela Streptococcus cusegui, os principais sintomas são: as altas temperaturas e pus nas narinas. O cavalo terá um ar descorado e fica sem apetite também desenvolve abcessos na região da mandíbula e do pescoço, deve-se isolar o animal dos outros e chamar o veterinário. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.
2.5 Enjoo de Movimento
É provocado pelas viagens longas e os sintomas são semelhantes aos da gripe: febre alta, palidez, pouco apetite e aumento do ritmo respiratório. Poderá ser agravado por pneumonia ou pleurisia. Se o cavalo ficar descorado após uma viagem longa e tiver febre, chamar o veterinário o mais rápido possível, o cavalo deve manter-se quente e em repouso total. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.
2.6 Cornage
O facto de um cavalo fazer barulho ao inspirar pode refletir uma obstrução parcial da laringe, comprometer a performance e provocar cansaço e falta de ar prematuros ao cavalo. O assobio é um som agudo e o ronco mais grave, ambos podem ser provocados pela paralisia de uma corda vocal, alguns cavalos fora de forma fazem este som que desaparece conforme vão ficando mais em forma. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.
2.7 Epistaxe
É uma perda de sangue pelo nariz a hemorragia associada ao exercício não é comum, podendo ser resultado de um problema grave nas vias respiratórias aéreas superiores da cabeça, em especial ou um crescimento anormal (hematoma etmoide) ou, ainda uma infecção fungicida (micose da bolsa gutural).
Uma hemorragia nasal após o exercício é comum e pode ter origem nos pulmões após o galope, o sangue costuma ser engolido e não aparece nas narinas. Este tipo de hemorragias não é um problema, no entanto, u a hemorragia dos pulmões que seja forte pode comprometer a performance e poderá refletir outras doenças pulmonares.
Se depois do exercício aparecer sangue nas narinas do cavalo, por mais de uma vez é muito importante chamar o veterinário. Mundo dos Animais; data de acesso: 19/10/15.


Prestem atenção nos animais eles também ficam doentes e precisam de tratamentos.

2.8 Referências Bibliográficas

https://eradiologia.wordpress.com/tag/cavalos/

http://www.fmvz.unesp.br/rvz/index.php/rvz/article/view/273/218

http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/29813/sistema-respiratorio-dos-equinos-doenca-pulmonar-obstrutiva-dpoc#!2

http://www.mundodosanimais.pt/animais-de-quinta/doencas-cavalos/

http://www.webartigos.com/artigos/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-em-equinos/27319/

http://www.itarget.com.br/newclients/abraveq2012/down/clinica-artigo_0012.pdf



Fraturas em cães e gatos

Trabalho de dissertação do
Curso de Radiologia do centro
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre
                                                                                       Professa: Nathalia Roncada
                                                       
                                                            Santo André

10/2015

INTEGRANTES:
Maria Castro
Alessandra Couto da Silva
Romildo do Nasciemnto
Bruna Fanta 
Francisco Valdo
Lucas Gabriel Machado 




Fraturas ósseas em cães e gatos


 Fraturas ósseas

Causas:
Fraturas ósseas são freqüentemente causadas por acidentes de carro, armas de fogo, brigas, ou quedas.


Tipos:
- As fraturas podem envolver uma ou várias partes do osso (múltipla)
- Podem variar de:
Incompleta é a fratura que só rompe uma cortical e é chamada de galho verde em animais jovens
A fissura é outro tipo de fratura incompleta e é caracterizada por fendas delicadas que penetram na cortical em direção linear ou espiral) 
Completa (A fratura completa rompe as duas camadas corticais do osso com perda da continuidade do osso)
Podem ser aberta (também chamado de fratura exposta ) ou fechada. 
Fraturas abertas têm uma ferida ou lesão na pele que está associada com a ruptura
Fraturas fechadas são aquelas que não produzem uma ferida aberta. 

A forma e gravidade da fratura depende da força e do tipo de trauma

Fraturas incompletas em animais jovens, saudáveis podem ser tratada com talas externas ou moldes. Outras lesões são tratadas com placas ósseas, parafusos ortopédicos, fios ou pinos. Os enxertos ósseos são freqüentemente usados para ajudar na cura. Os antibióticos são indicados para evitar que fraturas expostas sejam infectadas. Medicação de alívio da dor adequado é usado para reduzir o desconforto.

Fonte http://www.merckmanuals.com)
Fratura de tíbia e fíbula de Pitbull (img Clinivet)

Fraturas em decorrência do trauma, é imperativo que seu cão ou gato seja avaliado o mais breve possível e seja checada a ocorrência de outros traumas concomitantes.Raramente uma fratura pode ser considerada um tratamento cirúrgico urgente, mas as consequências dela sim, por exemplo:
- hemorragias
- traumas torácicos
- injúrias neurológicas, rupturas de órgãos internos, entre outros.


O que podemos observar:
- Paralisia ou paresia
- Extrema fraqueza ou depressão
- Dificuldade no respirar- Desconforto abdominal ou depressão
- Mudança do “status mental”, ou alteração comportamental Diagnóstico
- Exame clinico, e histórico médico
- Radiografias da região afetada e se necessário de tórax e abdômen, e também ecografia abdominal
- Exames laboratoriais podem ser requeridos

Haste bloqueada (Interlocking Nail)(img Clinivet)














Antes da correção com haste bloqueada Placas Ósseas(img Clinivet)




















Depois da correção com haste bloqueada Placas Ósseas(img Clinivet)



















Fratura de rádio e ulna com uso de placa óssea(img Clinivet)


Cirurgia com fixador externo (img Clinivet)


Antes Fratura Radio, Ulna e Fêmur


Depois pós operatório fratura Radio,Ulna e Fêmur
 petcare.com.br/blog/orientacoes-pos-osteossintese-cirurgia-de-fraturas/

Tratamento
Dependerá muito da situação clínica do cão ou gato, mas normalmente a estabilização temporária, quando possível, deverá ser feita. Após a estabilização do paciente, o tratamento definitivo poderá ser a cirurgia é o método mais comum e eficiente para a maioria das fraturas em cães e gatos, promovendo um retorno às funções num período mais breve.


Técnicas mais Utilizadas:
- Placas ósseas;
- Hastes bloqueadas ou Interlocking Nail;
- Fixadores externos;
- Fixadores internos;
- Pinos e cerclagens (menos utilizadas atualmente);
- Hastes Bloqueadas = Interlocking Nail


Executado e dependerá de alguns fatores:
- Tipo de fratura e duração (tempo decorrido do trauma);
- Localização da fratura;
-Presença de múltiplas fraturas em ossos diferentes;- Idade do paciente;
- Condição clínica.


Cuidados Pós-operatórios:
Temos que levar em conta um fator importantíssimo: o paciente (cão e gato) não entende a natureza do trauma ou injúria e muitas vezes não se limitam ou poupam a área operada ou traumatizada. Com isto, já estamos em desvantagem. A limitação do espaço e o confinamento são de extrema necessidade do paciente pós-operado. Estas restrições duram em média quatro a seis semanas e, se bem conduzidas, o sucesso e o retorno a normalidade funcional é garantida.



Conclusão
As fraturas de rádio e ulna em animais de companhia são ocorrências ortopédicas de grande incidência em Medicina Veterinária. Cães de pequeno porte parecem ter uma maior incidência de fraturas em terço distal do rádio e ulna. A consolidação de ossos fraturados baseia-se na redução anatômica ou na aproximação dos maiores fragmentos. Para haver uma correta cicatrização óssea, os implantes ortopédicos devem anular todas as forças atuantes no foco de fratura. O tratamento dessas fraturas é descrito como difícil, em porte do tipo “toy” e miniatura. A ocorrência da não consolidação óssea é alta chegando a 60% dos casos estudados. Alguns fatores identificados afetam a osteossíntese em cães de raças de pequeno porte, pois são inerentes à instabilidade biomecânica, como, o mínimo contato da superfície do osso após a redução,devido ao pequeno diâmetro existente, diminuição da cobertura de tecido mole, formação constante de cartilagem no foco da fratura,e diminuição da densidade vascular na junção diáfise-metafisária distal em comparação com cães de raças de grande porte.


Bibliografia
FONTE:http://www.clinivet.com.br/servicos/ortopedia
httppetcare.com.br/blog/orientacoes-pos-osteossintese-cirurgia-de-fraturas/