quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Discopatia Canina

Trabalho de dissertação do
Curso de Radiologia do centro
Univ. de Santo André Anhanguera 4º semestre
                                                                                       Professa: Nathalia Roncada
                                                         
                                                            Santo André


10/2015

Integrantes: 
Castelar Ap .M. Junior 
Dinamar Soncini Parizoto 
Eliane de Freitas S. Parizoto 
Fernando Diogo 
Henrique F .Freitas 
Jane Carla de Lima 
Kauey Siqueira Parizoto

     Nayara de Melo Bueno

INTRODUÇÃO
Discopatia em Cães - Lesão na coluna vertebral

Afetando seres humanos e animais, os problemas relacionados à coluna espinhal são responsáveis por dores insuportáveis e que podem evoluir até causar uma paralisia. Relativamente comum, a discopatia em cães pode causar complicações que alteram o sistema nervoso do animal, além da diminuição de sensibilidade e dos movimentos, incontinência urinária e, principalmente, muita dor.
Em boa parte das vezes causada por lesões e traumas na medula espinhal, a discopatia em cães apresenta sintomas bastante típicos, e um cachorro acometido pelo problema pode passar a andar de cabeça baixa, com o pescoço rígido, orelhas para trás e caminhar cauteloso (como se estivesse com medo), demonstrando claros sinais de sofrimento e dor.
Sendo a medula espinhal uma estrutura extremamente delicada, ela é protegida naturalmente por vértebras ósseas, tendo entre cada par de vértebras, discos intervertebrais (que podem ser descritos como uma espécie de almofadinha – de contorno fibroso e interior gelatinoso), que evitam o constante atrito entre elas e promovem a estrutura e flexibilidade necessárias para que ocorra o movimento da espinha do cão sem problemas.
Quando os discos vertebrais deixam de agir da maneira ideal – por causa do comprometimento de sua estrutura, que pode ocorrer em função do envelhecimento do animal ou de algum trauma – é que surge a discopatia nos cachorros, que também é conhecida popularmente como hérnia de disco; um problema bastante comum e igualmente complicado em seres humanos.
O principal sinal clínico desse quadro, infelizmente, é uma dor muito forte apresentada pelo pet. No entanto, apenas por meio de radiografias, tomografias, ressonância magnética, mielografia e outros exames complementares são possíveis definir o diagnóstico com precisão – tendo em vista que esta não é a única complicação que pode causar fortes dores nos cachorros. O tratamento pode ser feito de diversas maneiras, que incluem desde medicações e imobilização até cirurgias - sendo definido de acordo com o grau de evolução e a gravidade do problema no animal.
Embora possa ocorrer em cães de qualquer idade, físico e tamanho, a discopatia canina é mais comum em cães de pernas curtas, coluna alongada e porte pequeno. Alguns cães de características quase opostas a estas também apresentam uma probabilidade maior de desenvolver esse tipo de complicação ao longo da vida, e a lista de raças mais propensas a ter discopatia inclui nomes como: Dachshund, Poodle, Beagle, Lhasa Apso, Cocker Spaniel, Bulldog Francês,Pequinês, Welsh Corgi, Shih Tzu, Dobermann, Basset Hound e Pastor Alemão.
Quanto antes for identificado à complicação e iniciado o tratamento, maiores serão as chances de que seu animal não tenha sua mobilidade prejudicada e evite dores mais intensas.

Como é a coluna vertebral dos cães e qual a sua função?
Em cada vértebra se encontra um disco intervertebral que consta de duas partes: um núcleo polposo e um anel fibroso que o rodeia. O disco intervertebral tem a função de dar flexibilidade e minimizar as forças compressivas as quais esta submetida a coluna vertebral.
A coluna vertebral contém e protege a medula espinhal. A medula espinhal está formada por grupos de neurônios e tratos nervosos, responsáveis em transmitir a informação motora e sensitiva desde o encéfalo a todo o organismo e o inverso. Uma lesão medular produz uma dificuldade na transmissão dessas informações com os conseqüentes sinais neurológicos.
A falta de sinal neurológico induz a falta de movimento.

Causas da discopatia em cães

Lesões agudas na medula espinhal são as principais causas de discopatia em cães, podendo aparecer em função de traumas ou predisposição genética. Mais comum em cachorros com idade a partir dos cinco anos – devido ao envelhecimento natural dos discos intervertebrais do pet – a complicação causa alterações no sistema neurológico do animal em boa parte das vezes que se manifesta, desencadeando o aparecimento de problemas de mobilidade.
Nos casos em que o problema tem um trauma forte como causa, ocorre o deslocamento do disco intervertebral de maneira drástica, causando a lesão medular e, conseqüentemente, muita dor no animal.


Dentro do conjunto de fatores genéticos que indicam uma predisposição maior para a ocorrência da discopatia em cães estão o porte pequeno, as pernas curtas e a coluna alongada, sendo que os cachorros das raças Lhasa Apso, Pequinês e Dachshund são os mais propensos a desenvolver problemas de disco. Entre os animais de grande porte, os da raça Dobermann são os que têm maior probabilidade de apresentar o problema.
Conforme sua evolução, a discopatia canina causa a diminuição e a perda da sensibilidade do cão, dificultando seus movimentos e podendo levá-lo a uma paralisia completa – já que o deslocamento (ou a deterioração) dos discos localizados entre as vértebras ósseas do animal, faz com que eles deixem de absorver os impactos de sua movimentação, causando atrito e dores intensas na região quando o cão se mexe.

Graus da hernia discal em cães

Segundo a severidade da compressão da medula, a hernia discal se classifica em graus de 1 a 5.
Grau 1- São compressões espinhais leves que praticamente se traduz em dor na coluna vertebral.
Grau 2 - Neste caso o comprometimento é mais profundo dando como sintoma uma disfunção das sensações do cão procedente dos músculos e seus anexos que informa sobre a altura, os movimentos e o equilíbrio devido à compressão dos tratos dorsais da coluna.
Grau 3 - A compressão é mais profunda ainda dos tratos motores, e por onde aparece definitivamente a plejia (perda da força muscular) ou paralisia.
Grau 4 - É o mesmo que a anterior, porém nestes casos além de uma alteração da funcionalidade normal de reflexo DETRUSOR ou de micção e o cão começa a reter a urina.
Grau 5 - É o pior caso que se pode apresentar. Define-se por adicionar todos os graus anteriores, a perda da sensibilidade dor profunda. Nestes casos o prognóstico para o paciente é mais desfavorável. Os graus 2 e 3 são freqüentemente abordados por neuro cirurgia obtendo-se muito bons resultados.




Sintomas e diagnóstico da discopatia em cachorros
A dor é, sem dúvidas, o principal sinal apresentados pelos cães acometidos pela discopatia. Dificuldade para se movimentar, incontinência urinária e fecal, redução da consciência de postura e sensibilidade, relutância para andar e rigidez no pescoço também entram na lista de sintomas dos cachorros com o problema que, em 10% dos casos, leva o animal a ficar tetraplégico.
Os sinais da discopatia canina podem chegar em minutos ou se manifestar de maneira mais gradual no pet, levando dias ou até semanas para se instalarem por completo. Assim como o aparecimento dos primeiros sintomas, a progressão do problema também pode ocorrer com uma grande rapidez e, por isso, é muito importante que o pet seja encaminhando a um profissional veterinário assim que seu dono notar a possibilidade da complicação - para que o tratamento seja facilitado e tenha mais chances de sucesso.
O diagnóstico da complicação só pode ser confirmado por meio da combinação de exames clínicos e de imagem; sendo que, em alguns casos, exames de contraste também podem ser requisitados para que o problema seja definitivo.
Radiografias da coluna do animal, coleta de amostras do líquido da medula espinhal e a mielografia – que consiste em uma radiografia com o uso de um contraste aplicado no canal medular do pet – estão entre os exames mais realizados para que a discopatia no cachorro seja identificada, e tomografias também podem ser usadas como maneira de complementar o diagnóstico, mas hoje com o avanço no diagnóstico por imagem na medicina veterinária já temos em alguns locais disponível a Ressonância Magnética que indica precisamente a gravidade e o local da lesão do cão.


Diagnóstico radiográfico


O diagnóstico de protrusão e extrusão é confirmado pelos exames radio gráfico simples e mielografia. Exame radiográfico simples Radiografias Simples: devem ser realizadas após minucioso exame clínico. Um exame neurológico completo deve resultar na tentativa de localização da doença e até mesmo supor uma descrição anatômica ou etiológica. As radio grafias devem ser realizadas de acordo com uma série de projeção de rotina pré-determinadas ou com um estudo seletivo baseado no diagnóstico diferencial derivado do exame clínico e neurológico. E recomendável que o animal esteja sedado ou anestesiado, o que facilitará o posicionamento adequado para a avaliação radiográfica da coluna vertebral. O exame radiográfico simples deve incluir todas as regiões da coluna vertebral que possam ser a sede da lesão e deve incluir as projeções laterolateral e ventrodorsal. As projeções oblíquas são necessárias para demonstrar extrusões de disco lateral ou intraforaminal indicando a opacificação do forame intervertebral, mais evidente na presença de material calcificado. O diagnóstico definitivo da doença do disco intervertebral necessita de confirmação radiográfica demonstrando a presença de material ou, na ausência desse tipo de lesão, evidências de características que indiquem alterações junto ao disco intervertebral. Os aspectos típicos de doença do disco intervertebral incluem a calcificação do disco intervertebral; a diminuição do espaço intervertebral; a diminuição do tamanho ou a alteração da forma do forame intervertebral; o aumento da radiopacidade no canal vertebral, geralmente sobrepondo o forame intervertebral e a esclerose das epífises vertebrais, com colapso do espaço intervertebral, indica um processo crônico, podendo também apresentar espondilose ventral associada. Em alguns casos, geralmente em uma extrusão aguda, pode não haver alterações ao exame radiográfico simples. A calcificação do disco intervertebral por si só já é um processo degenerativo, mas não indicativo de uma protrusão ou extrusão. Quanto à diminuição do espaço intervertebral, este pode aparecer uniformemente diminuído ou pode apresentar aspecto de cunha, em que a porção mais dorsal neste caso apresenta-se mais estreita, indicando que houve comprometimento da porção dorsal do disco e que sua porção mais ventral ainda está intacta. A diminuição do espaço intervertebral, embora possa sugerir a herniação do disco, não é um achado que deva ser avaliado isoladamente subaracnóidea para definir anormalidades relacionadas à medula espinhal e tem sido utilizada rotineiramente em cães, gatos e eqüinos Indicações, contra indicações e reações adversas.



Mielografia: deve ser realizada quando há suspeita de uma hérnia de disco, mas esta não pode ser confirmada por radiografias simples; quando radio grafias simples sugerem um local de lesão de disco que produz sinais clínicos diferentes daqueles encontrados no exame neurológico e se múltiplas hérnias de discos estão evidentes radio graficamente. “Devido à extrema variedade das posições assumidas pelas extrusões de disco, a mielografia é recomendada” por fornecer informações precisas na localização e na extensão da lesão, orientando o planejamento cirúrgico e ainda por demonstrar o grau de envolvimento da medula, contribuindo para o estabelecimento de um prognóstico. Em casos de evidência de doença infecciosa, a mielografia não deve ser realizada Ela deve ser evitada em pacientes nos quais a análise do líquido cérebro espinhal indique doenças inflamatórias ou infecciosas, pois nesses casos pode potencializar desnecessariamente os sinais clínicos ou disseminar a infecção através do espaço subaracnoide. A realização de mielografia é contra indicada imediatamente após um incidente traumático, quando o animal pode estar ainda em estado de choque. O status epilepticus também é uma contra indicação 36.4o Em caso de desidratação do animal, esta deve ser corrigida antes da mielografia, caso contrário, além dos riscos anestésicos ocorre reabsorção retardada do meio de contraste, resultando em neurotoxicida de desnecessária.
Apesar da evolução dos meios de contraste, a mielografia não é um procedimento inócuo e pode provocar reações adversas. O efeito adverso mais comum é a ocorrência de convulsão, podendo ainda ocorrer apneia durante a punção e injeção do meio de contraste, exacerbação de desordens neurológicas pré-existentes, hipertermia, hiperestesia, vômitos e, menos frequentemente, meningite asséptica e morte As convulsões representam 75% das complicações ocorridas principalmente quando as aplicações de contraste são feitas através da cisterna magna e quando o animal apresenta espondilomielopatia cervical caudal Além disso, existem riscos inerentes à técnica, como o trauma medular com a agulha, devendo esse procedi mento ser realizado somente por profissionais treinados. Não é recomendada a realização da mielografia a não ser nos casos de cirurgia ou quando um tratamento definitivo esteja sendo considerado. A mielografia é sempre um risco. Meios de contraste, técnicas e interpretação. O iohexola, o iopamidol e o ioversol são meios de contraste que possuem características aceitáveis para serem utilizados na mielografia e podem ser injetados no espaço subaracnoide através das punções na cisterna magna, na região lombar e na região lombossacral. A mielografia realizada através da punção da cisterna magna é a mais freqüente cerca de 85% das mielografias são realizadas por essa via. A escolha entre uma região e outra vai depender do local de suspeita da lesão e do tipo de afecção, da facilidade da técnica, dos riscos de efeitos adversos e da preferência pessoal. Diferentes concentrações de meios de contraste estão disponíveis (1 8Omg, 240rng, 300mg e 350mg de iodo/ml). Alguns autores preconizam a utilização de meios de contraste de baixas concentrações por serem isosmolares temas a concentração de 240mg de iodo/mL, que é levemente hiperosmo lar, fornece melhor radiopacidade do espaço subaracnoide .I6.27.37 Altas concentrações de iohexol estão disponíveis (240mg, 300mg e 350mg de iodo/ml); entretanto, estas podem predispor mais a convulsões 37,38• A alta concentração do meio de contraste (alta gravidade específica) facilita a fluidez para a região anatômica de interesse.Isso pode ser útil quando se suspeita de uma lesão toracolombar e é realizada mielografia com punção cervical, devido à dificuldade de se obter qualidade de imagem com punção lombar. As altas concentrações de iohexol e iopamidol, mesmo sendo hiperosmolares, podem ser seguramente utilizadas na realização de mielografias em pequenos animais O volume mínimo para gatos e cães de raças pequenas é de 1,5 a 2niL para se obter uma o pacificação de alta qualidade do espaço subaracnoide. A dose do meio de contraste administrada depende do tamanho do animal e da região a ser examinada, O volume recomendado para a avaliação de toda a extensão da coluna vertebral é de 0,45mL/kg e, para um segmento da coluna, 0,3mL/kg de iohexol na concentração de 180 a 240mg de iodo/mL 6,27,38 300mg de iodo/mL e de iopamidol na concentração de 200mg de iodo/mL" O volume de 0,5niL/kg de ioversol na concentração de 240mg de iodo/mL tem sido considerado apropriado e seguro na realização de mielo grafias em cães 41, A dosagem utilizada independe do meio de contraste escolhido (iopamidol, iohexol ou ioversol). A dose total do meio de contraste não deve exceder 8-9mL ou 10mL. A punção para a introdução do contraste no espaço subaracnoide é realiza da com agulha fina de 20 a 220, dependendo do tamanho do animal e da região a ser puncionada. Para cães obesos e na realização de punção lombar, algumas vezes são necessárias agu lhas de maior comprimento. É de suma importância a retirada do líquido cerebroespinhal antes da introdução do meio de contraste para realização de exames laboratoriais
Alguns autores preconizam a retirada do líquido cerebroespinhal aproximadamente na mesma quantidade do volume de contraste a ser injetado, para não haver aumento da pressão no espaço subaracnoide . Em um estudo no qual foi comparada, além dos diferentes meios de contraste utilizados, a influência do aumento da pressão subaracnoide sem a retirada do líquido antes da administração do contraste, não foram encontradas reações desfavoráveis. No momento da injeção do meio de contraste, para haver a mistura adequada do contraste com o líquido cérebro espinhal e obter a qualidade mielográfica necessária, deve-se gentilmente puxar o êmbolo da seringa ou retirar pequenos volumes, para criar turbulência e melhorar a mistura do meio de contraste com o líquido cérebro espinhal.
Logicamente, qualquer manipulação durante a injeção deve ser realizada sem causar qualquer movimento da agulha, para que não ocorra traumatismo da medula espinhal A velocidade de injeção deve ser lenta, para evitar a ocorrência de apneia Após a administração do meio de contraste a agulha é retirada e a cabeça e o pescoço devem ser inclinados, para facilitar o fluxo caudal do meio de contraste e impedir que ele alcance os ventrículos cerebrais. Os meios de contraste não permanecem com qualidade diagnóstica no espaço subaracnoide por mais de sessenta minutos. Quando o meio de contraste for injetado na cisterna magna, as radio grafias cervicais e toracolombares devem ser realizadas nos primeiros dez minutos. Entretanto, deve-se manter a cabeça do paciente elevada até que ele recobre a consciência, de forma que o deslocamento de contraste para o espaço subaracnoide encefálico seja mínimo. Devem ser obtidas as radiografias de rotina nas projeções lateral e ventrodorsal e projeções complementares (dorsoventral, oblíqua, estendida e fliexionada laterais) quando necessárias, As projeções oblíquas, tanto pelo posicionamento do paciente como da ampola do aparelho radiográfico, podem ser utilizadas como complemento das duas projeções padrão e podem ser utilizadas de modo eficaz para isolar as lesões lateralizadas Em um estudo em que se avaliaram as diferentes projeções no exame mielográfico, as oblíquas foram melhores que as ventrodorsais no diagnóstico de lesão compressiva por material de disco e somente elas contribuí ram para o diagnóstico de 45% das extrusões toracolombares. A hérnia de disco é a causa mais frequente das lesões extradurais, provocando desvio dorsal e adelgaçamento do espaço subaracnoide e da medula espinhal adjacente à lesão. Dependendo da severidade da lesão e do grau de compressão medular, o espaço subaracnoide pode apresentar adelgaça mento ou ausência do meio de contras te. O grau e a direção do desvio da coluna de contraste são mais bem visibilizados em radiografias que tangenciem as lesões podendo ser observados nas projeções laterais ou ventrodorsais. O material de disco pode se estender por mais de um segmento da coluna vertebral, resultando em um desvio da coluna de contraste maior que o comprimento de uma vértebra; em alguns animais, o material pode estar espalhado ao longo do canal vertebral, sem que ocorra uma distorção mecânica óbvia da medula. A presença de linha dupla de contraste na projeção lateral e o desvio medial da coluna de contraste na projeção ventrodorsal caracterizam lesões extradurais laterais 6 Tanto as extrusões como as protrusões podem resultar em desvio dorsal do espaço subaracnoide e da medula espinhal. Extrusões de disco estão associadas à ruptura dos seios venosos vertebrais e uma hemorragia do espaço epidural pode aumentar o grau de compressão medular. Os problemas técnicos que podem afetar a qualidade da mielografia em animais que possuam alterações com patíveis com hérnia de disco incluem a qualidade radiográfica ruim, o volume inadequado do meio de contraste, local incorreto de injeção, opacificação epidural e a ausência de mistura do contraste com o líquido cerebroespinhal. Os problemas anatômicos, causados por uma variação anatômica e patológica devido a um deslocamento atípico do material do disco e por edema medular, por exemplo, podem dificultar a avaliação de animais com hérnia de disco °. Devido aos potenciais efeitos colaterais, o uso da mielografia é reservado somente para os animais que serão submetidos a procedimento cirúrgico 50• A ausência de anormalidades na mielografia é uma contra indicação para a realização de cirurgia.


Tratamento da discopatia em cães


O tratamento indicado para a discopatia em cães varia de acordo com a gravidade do caso e o motivo desencadeador do problema. A indicação em casos mais intensos e complicados (que envolvem paralisias e a compressão medular) geralmente é cirúrgica, no entanto, tratamentos clínicos e mais conservadores também podem ser recomendados em casos mais leves do problema.
Tendo como objetivo principal a diminuição da lesão medular por meio do uso de medicamentos, os tratamentos mais tradicionais e livres de cirurgias para a discopatia canina incluem o uso de corticóides, repouso e a imobilização do animal. Na maioria das vezes, esse tipo de processo é iniciado imediatamente após o aparecimento dos primeiros sinais do problema e, por isso, podem facilitar a recuperação do cachorro.
Entretanto, embora haja casos em que um tratamento clínico possa diminuir a lesão medular do animal e permitir que o disco afetado ou rompido, de certa forma, se regenere; casos de novas crises e paralisias nos cães que se tratam com este tipo de técnica podem ser bastante comuns, confirmando a necessidade de uma intervenção cirúrgica para solucionar o quadro.
Conforme crescem os ataques da doença nos cães, cresce, também, a quantidade de lesões permanentes na medula do animal e, nestes casos, somente uma cirurgia para a retirada do material que causa o problema pode se apresentar eficaz para o pet. Embora seja considerado mais agressivo, o tratamento por meio da intervenção cirúrgica permite uma recuperação bastante rápida, além de possibilitar que o cão recobre o máximo das funções de sua medula espinhal.
O tempo e a extensão da recuperação de cada animal são variados, e vai depender tanto das lesões medulares do cão como do tempo que se passou entre o aparecimento do problema e a cirurgia; sendo que, quanto menor ele for, maiores serão as chances de uma reabilitação completa e rápida.
Em casos de lesões mais leves, ou tão severas que não responderiam mais ao tratamento cirúrgico, o uso de tratamentos alternativos (combinados ou não com medicamentos alopáticos) tem apresentado resultados bastante satisfatórios, amenizando a dor dos animais acometidos pela discopatia de maneira considerável.
Sessões freqüentes de acupuntura e fisioterapia fazem parte do pacote alternativo indicado na maioria dos casos, sendo que tratamentos adicionais - que incluem o uso de laser e ultrassom terapêuticos, eletroterapia e termo terapia com calor e frio - também entram na lista.
Exercícios que trabalham o fortalecimento e a resistência do animal não ficam de fora dos métodos adotados em tratamentos clínicos; assim como a promoção de estímulos sensoriais com o uso de diferentes ferramentas, escovas, agulhas e da cinesioterapia – técnica que consiste na busca da cura por meio do movimento.

Conclusão:


O exame radiográfico simples e a mielografia são ferramentas essenciais no diagnóstico da discopatia e devem estar sempre associados para o diagnóstico conclusivo, fornecendo informações relevantes quanto a localização, o aspecto e a extensão das lesões.





Bibliografia:

http://www.bv.fapesp.br/namidia/noticia/31030/avaliacao-discopatia-caes-metodos-imagem/
Data:14.09.2015 Hora: 15:58

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/discopatia-caes/
Data: 12.09.2015 Hora: 15:30

http://www.petescadas.com.br/2013/11/crise-de-coluna-em-caes-lesao-medular.html#.VfcUthFViko
Data:14.09.2015 Hora:14:55

Um comentário:

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